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Notícias São Borja

Estudo com participação do IFFar revela percepções da juventude sobre São Borja

Publicado em Quarta, 14 de Março de 2018, 18h38 | por Ascom São Borja | Voltar à página anterior

56,1% dos participantes do estudo concordam que “São Borja é uma boa cidade para se viver”. No entanto, a construção de um shopping center, de um cinema e de restaurantes de fast food são desejos almejados por grande parte dos jovens.

 

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Entre os dias 24 a 26 de janeiro deste ano, a Professora do Instituto Federal Farroupilha – Campus São Borja, Tatiana Prevedello e Professor do Colégio de Aplicação da UFRGS, Victor Hugo Nedel de Oliveira, participaram do II Simpósio Nacional "Aproximações com o Mundo Juvenil: juventudes e ações coletivas contemporâneas”, na Faculdade Jesuíta de Teologia e Filosofia - FAJE, em Belo Horizonte, apresentando o trabalho “Jovens percepções do urbano em uma cidade no interior do Rio Grande do Sul", o qual, se trata de uma pesquisa inédita e única do gênero realizada com os alunos do Ensino Técnico Integrado do IFFar - Campus São Borja. O estudo integra um projeto piloto desenvolvido na tese do Prof. Victor Nedel, que atualmente é doutorando em Educação na PUCRS. Victor também é colaborador externo do grupo de pesquisa "Pensamento em ruptura e educação no contemporâneo", do Campus São Borja, coordenado pela Professora Cristiane Ludwig.

O estudo tem como principal objetivo analisar as percepções do urbano de jovens estudantes de uma instituição pública federal, localizada na cidade de São Borja, no interior do estado do Rio Grande do Sul. Neste sentido a pesquisa foi realizada com alunos do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, do Instituto Federal Farroupilha – Campus São Borja.

 

As percepções dos jovens sobre São Borja

A pesquisa abordou a opinião dos estudantes sobre alguns aspectos da cidade de São Borja. Assim foram convidados a completar frases como “São Borja é...” ou ainda “São Borja não é...”. Também foram perguntados sobre qual seria a primeira palavra que lhes vinha à mente quando vissem algumas imagens relacionadas à temática urbana e outras perguntas diretas sobre a relação dos sujeitos com sua própria cidade. O estudo envolveu 82 estudantes configurando um grau de 98,8% de respondentes. Destes, 67,1% do sexo masculino, 30,5% do sexo feminino e 2,4% preferindo não responder sobre sua identidade de gênero.

Os resultados indicam que 56,1% dos jovens participantes do estudo estão na faixa de concordância com a frase “São Borja é uma boa cidade para se viver”, que demonstra, para a maioria dos sujeitos, a identificação positiva com seu espaço urbano, mas não os exime de desejos para sua cidade, como por exemplo a construção de um shopping center, de um cinema e de restaurantes de fast food, espaços almejados por grande parte dos pesquisados. Tendo a cidade como elemento central, percebeu-se uma relação de expressões as quais podem se vincular a um critério positivo, como por exemplo: “casa”, “lar”, “amor”. Outras palavras expressadas, no entanto, demonstram um vínculo negativo dos jovens com seu espaço urbano, ao afirmarem “desinteresse”, “socorro”, “subdesenvolvimento”, “tédio” ou ainda “tristeza”.

A massiva porcentagem de 79,3% dos jovens afirma que em São Borja as pessoas frequentam os espaços públicos, fato que corrobora com as escritas destes jovens, quando falam dos espaços que mais frequentam em sua cidade, como o parque público Estádio Coronel Vargas, popularmente conhecido como “Parcão”. Em relação à limpeza urbana de sua cidade, 53,7% estão no grau de discordância em relação à frase “São Borja é uma cidade limpa” e ainda, 30,5% estão nem na concordância, nem na discordância em relação a este tema. Se somadas as porcentagens, há o número de 84,2% de jovens insatisfeitos com a limpeza de sua cidade. Para os autores do estudo, este percentual significativo indica que o jovem contemporâneo, mesmo em cidade do interior de um estado brasileiro, está atento às questões de ordem pública da cidade, o que, de certa forma, manifesta sua reflexão acerca do urbano e sua vivência política, mesmo que em fases principiantes.

Sobre as percepções da possibilidade de São Borja ser uma cidade turística, há uma evidente distribuição entre as repostas dos jovens: 48,8% estão na fase da concordância; 17,1% nem concordam, nem discordam e outros 34,2% estão na fase da discordância.

Ao tempo em que alguns jovens reconhecem a imagem de São Borja como a “Terra dos Presidentes”, já que presidentes brasileiros nasceram na cidade, outros associam a imagem da cidade como a ideia de “fim do mundo”, haja vista a longa distância de aproximadamente 600 km em relação à capital do estado, Porto Alegre.

Ao referirem-se sobre os espaços de lazer preferidos na cidade de São Borja, constatou-se o que para os autores do estudo foi uma surpresa. As respostas “minha casa” (29%) e “meu quarto” (14%) ficam em espantosa evidência, problematizando a falta de espaços públicos de lazer na cidade, ou ainda, a preferência dos jovens sujeitos de permanecerem em seus espaços particulares, em detrimento do convívio social. Se somadas as duas respostas, há um percentual de 43% da amostra de jovens preferindo obter lazer em sua própria casa ou seu próprio quarto, o que vai de encontro às ideias próprias do conceito de “culturas juvenis”, ou seja, as formas coletivas de expressão da sociabilidade juvenil. Por outro lado, apresentam-se alguns espaços públicos como opções de lazer na cidade: o “parcão” (15%), oficialmente Parque Público Estádio Coronel Vargas; as “praças” da cidade (11%); os “restaurantes” da cidade (9%); o “porto” (6%) e o “campo de futebol” (5%). Ainda há a resposta “não há” espaço de lazer em São Borja (8%).

De modo geral, de acordo com os autores do estudo pode-se afirmar, em um grau inicial, que os jovens que participaram da pesquisa formam consideráveis percepções urbanas em sua cidade, na medida em que estão atentos para situações relevantes, como o turismo, a limpeza e os equipamentos urbanos presentes ou ausentes em seus espaços.

Além da professora Tatiana Prevedello e do Professor Victor Nedel, também colaboraram no estudo a Professora da Universidade Feevale, Miriam Pires Corrêa de Lacerda e a Professora do PPG em Educação (PUCRS), Andreia Mendes dos Santos.

Assessoria de Comunicação

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