Mulheres no Comando: entrevista com a Diretora-Geral do Campus Santa Rosa

No Instituto Federal Farroupilha, temos servidoras que desempenham funções de gestão na Reitoria e nos campi, sendo responsáveis por liderar grandes equipes e por tomar decisões importantes sobre o desenvolvimento da instituição.

Para que essas mulheres sejam ainda mais conhecidas e valorizadas – já que as identidades precisam ser narradas para serem reconhecidas e, assim, respeitadas, durante este mês de março apresentamos uma série de entrevistas.

Você vai entender por que essas mulheres conquistaram papéis de destaque, o que significa para elas estar à frente de um cargo de gestão e se, na opinião delas, a questão de gênero influencia no ambiente de trabalho.

A sexta entrevista da série é com a Diretora-Geral do Campus Santa Rosa, Renata Rotta. 

A série "Mulheres no Comando" é uma das ações que compõem o especial Mês da Mulher no IFFar. 

Nome completo/Cargo/Campus

Renata Rotta – Diretora Geral do IFFar - Campus Santa Rosa

Data de posse do mandato

15/12/2016

Função antes de ser Diretora-geral

Arquiteta e Urbanista; Docente EBTT do IFFar - Campus Santa Rosa desde 2010; Coordenadora do Eixo Tecnológico de Infraestrutura (2010 – 2012) e

Diretora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (2013 – 2016).

O que te motivou a se candidatar para assumir um cargo de gestão na instituição?

O envolvimento com a instituição e a vontade de contribuir com o Campus dentro da caminhada iniciada desde meu ingresso como servidora pública do IFFar.

Quais os benefícios de ser mulher ao assumir um cargo de gestora? Quais os principais desafios?

Acredito que os principais benefícios são a sensibilidade e o detalhismo; a capacidade de ver as partes e, ao mesmo tempo, o todo; trabalhar com procedimentos burocráticos sem perder atenção às pessoas. Os desafios são os inerentes à própria gestão, mas o tempo longe da família é uma dificuldade.

Você já ouviu alguma frase machista a respeito de seu cargo profissional? Como você reagiu e/ou costuma reagir?

Muitas pessoas questionam se é possível dar conta, tendo em vista os compromissos com a família, principalmente com os filhos. É o tipo de coisa que ninguém questiona um homem, como se o papel do homem com a família fosse menos importante ou exija menor envolvimento.

Você acha que é mais fácil para um homem ocupar um cargo de gestão do que para uma mulher? Por quê?

Talvez a questão seria se para o homem é mais fácil chegar a um cargo de gestão, aí acredito que sim, mas as dificuldades do cargo não diferenciam homem ou mulher.

Em que exemplo(s) feminino(s) você se inspira para exercer sua função profissional? 

Estamos rodeadas de exemplos femininos no nosso cotidiano, claro que poderíamos falar de mulheres como Isadora Duncan, Cora Coralina, Carmem Miranda, Chiquinha Gonzaga e tantas outras, mas acredito que toda mulher que busca com autonomia e segurança exercer suas atividades profissionais é um exemplo a ser seguido.

O que falta para mais mulheres conquistarem posições de destaque no mercado de trabalho? 

Acho que acreditar, buscar se afastar de julgamentos negativos e depreciativos. Permitir que o espírito feminino esteja presente em suas ações e opiniões e ter consciência de que ainda vivemos num mundo machista e, por isso, ainda precisamos batalhar para firmar o papel da mulher no mercado de trabalho.