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Notícias IF Farroupilha

Servidores realizam etapa de projetos de pesquisa em universidades portuguesas

Publicado em Quinta, 04 de Mai de 2017, 12h45 | por Secretaria de Comunicação | Voltar à página anterior

Em 2016, três projetos de pesquisa foram selecionados através do Processo Seletivo para a concessão de auxílio financeiro para desenvolvimento de Projetos Cooperados em parceria com instituições estrangeiras.

Utilização de animais no ensino e na pesquisa é foco de projeto

O projeto “Concepção de estudantes e professores de cursos de ciências agrárias e biológicas sobre os fundamentos éticos e legais da utilização de animais no ensino e na pesquisa”, teve como objetivo investigar o conhecimento e a concepção de estudantes e professores do Instituto Politécnico de Bragança (Portugal) sobre os fundamentos éticos e legais de experimentação animal, bem como as possibilidades de substituição dos mesmos em experimentos e aulas práticas. Participaram deste projeto a professora do Campus São Vicente do Sul Andressa Ballem e a aluna do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Letícia Cezar Kraetzig.

Em Portugal, foram desenvolvidas as seguintes atividades: revisão da literatura acerca da legislação portuguesa e europeia e sua comparação com a legislação brasileira; produção do instrumento de coleta de dados do projeto; estabelecimento de contato com as direções de curso para a aplicação do questionário; aplicação do instrumento de coleta e análise dos dados; visitas ao Oceanário de Lisboa, museus e laboratórios.  

Para a professora, “a cooperação foi de extrema importância para a minha carreira profissional e acadêmica, uma vez que, além de desenvolver o projeto de pesquisa, pude conhecer uma realidade educacional e cultural completamente diferente da do Brasil”. Além disso, Andressa conseguiu subsídio para a instalação de futuros biotérios no IF Farroupilha a partir das visitas e parcerias realizadas.

Por fim, a docente reforçou que o apoio institucional “é um incentivo para que nós, docentes, possamos nos qualificar e conhecer outras realidades. Além disso, a maioria dos nossos alunos, sem o apoio da instituição, dificilmente teria oportunidade de vivenciar outra realidade educacional e cultural”.

Projeto compara semelhanças de vegetação entre Portugal e Brasil

O segundo projeto desenvolvido em Portugal foi “Comparação de similaridades de áreas de vegetação herbácea espontânea em cultivos agroecológicos de oliveiras em Portugal e no Brasil”. Os objetivos do projeto foram identificar similaridades entre a vegetação herbácea espontânea associada a olivais em Portugal e no Brasil, com a finalidade de abrigar espécies de inimigos naturais com potencial para uso em seu controle biológico, além de mapear outros cultivos agroecológicos em Portugal, verificando sua importância para o desenvolvimento regional. Participaram deste projeto o professor do Campus São Vicente do Sul Luís Fernando Paiva Lima e a aluna do curso de Bacharelado em Agronomia, Jéssica dos Santos Oliveira.

Em Portugal, as atividades realizadas foram: conhecer os olivais da região de Trás os Montes, identificando a vegetação nativa ou espontânea que cresce entre as oliveiras. O professor explica que um dos insetos pragas da oliveira em Portugal é a mariposa Prays oleae (traça da oliveira). Assim, foi pesquisada a carga polínica encontrada em animais coletados durante todo o ciclo de vida. Com estes dados, foi possível conhecer quais plantas os animais adultos visitam e traçar estratégias de controle biológico, eliminando possíveis focos de fontes alimentares. Outras regiões de Portugal foram visitadas para conhecer cultivos agroecológicos não convencionais como o abacaxi e o chá na Ilha de São Miguel (Açores) e as amendoeiras e castanheiras na própria região dos Trás os Montes.

Dentre os principais aprendizados, o professor destacou o trabalho interdisciplinar e multicultural, visto que muitos dos pesquisadores do Laboratório de Agroecologia eram estrangeiros e de outras áreas do conhecimento. Luís Fernando enfatizou a importância da oportunidade do intercâmbio cultural e científico, bem como o estreitamento da relação docente/discente, fortalecendo no primeiro a melhor compreensão dos anseios e preocupações de seus alunos quanto ao futuro profissional, e no aluno, o senso crítico e a responsabilidade no trabalho.

Respeito às diferenças é tema de projeto

O terceiro projeto desenvolvido é intitulado “Cultura de Respeito às Diferenças: aproximações, distanciamentos e negociações desenvolvidas em ações educativas”. O objetivo do projeto foi analisar os modos em que ocorre a circulação e a negociação das diferenças nos ambientes educativos e no ciberespaço, alavancando aproximações e tomadas de decisão que modifiquem as segregações.

Participaram do projeto a professora do Campus Panambi Lisiane Goettems e a aluna Aline Beatriz Germano Silveira. As atividades realizadas em Portugal foram: ministrar aulas na graduação no Curso de Licenciatura em Educação Básica, no componente Reprodução Humana. Conforme Lisiane, “esta intervenção resultou em muitas aprendizagens, convite para escrever em uma revista da universidade, com base nos dados coletados e das teorias que se associam aos temas: biologia humana, sociedade, política e contextos”.

Além disso, foi possibilitado o relato de experiências desenvolvidas no Campus Panambi, acerca de ações pedagógicas desenvolvidas sob a responsabilidade da CAI e do NUGEDIS, no Curso de Mestrado em Educação Especial no componente Avaliação, além da reflexão sobre a formação continuada de professores. “Houve espaço para debate, para trocas de experiência, para socialização de ideias e indagações. Momento rico de aprender, de compreender outras realidades”, afirmou a professora.

Para a docente, o aprendizado teve início desde o momento de preparar o projeto para participar do edital. Além disso, “a inserção em outro espaço educativo, em outra cultura, proporciona aprender e perceber as novidades, as qualidades do que se coletou e também ensina a valorizar mais o que já se faz no país de origem”. Lisiane destaca que “o saber adquirido neste tempo de noventa dias em Portugal não pode ser engavetado, precisa antes ser multiplicado na minha própria ação e foco, bem como no compartilhamento nos campi”.

Lisiane agradece a oportunidade de desenvolver uma parte do projeto no exterior: “Agradeço ao IFFar por investir nos servidores proporcionando a renovação de energias e o fomento para a formação continuada de qualidade”. Além disso, a professora acrescenta que esta experiência vai enriquecer sua tese de doutorado que está em curso.

 Através desta oportunidade de inserção em uma universidade portuguesa, a professora e a aluna puderam se movimentar e se diversificar academicamente, apresentando trabalhos, participando de cursos e congressos e publicando em revistas internacionais.

Para a aluna Aline Silveira, “o projeto colaborou muito para minha formação acadêmica, pois consegui perceber a Biologia em sua visão social, não como conteúdos específicos fechados. Verifiquei que o professor de Biologia acaba sendo o educador responsável pela visão de sexualidade que os alunos constroem na escola”.

Aline acrescenta ainda que, como aluna de um curso de licenciatura, “participar de intervenções no Mestrado de Educação Especial e do II Congresso Internacional de Direitos Humanos foi muito importante, pois como futura docente trabalharei diretamente com estes alunos”.

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