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Professora e estudante criam aplicativo para o ensino de Biologia

Publicado em Quarta, 16 de Mai de 2018, 14h46 | por Ascom Santo Augusto | Voltar à página anterior

A professora de Biologia do IFFar – Campus Santo Augusto, Camila Copetti juntamente com o estudante do 1º semestre de Licenciatura em Computação, Rafael de Ramos Lutz, criaram um aplicativo de celular denominado “Quadro de Punnett”, com a finalidade de agilizar a resolução de questões que envolvam os cruzamentos mendelianos estudados no 3º ano do ensino médio, contribuindo com o processo de ensino e aprendizagem do conteúdo de Genética, ministrado dentro da disciplina de Biologia.

Camila e Rafael

O Quadro de Punnett, que possui Registro de Programa de Computador junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), foi criado na plataforma online App Inventor 2, através da qual é possível desenvolver, criar e aprender programação para dispositivos móveis de forma fácil, eficaz e, dispensando noções complexas de programação.

O aplicativo foi projetado para ser aplicado de forma independente, tanto para a 1ª Lei de Mendel como para a 2ª, o que facilitou a programação, segundo Rafael. “Procuramos deixá-lo com uma interface limpa, bastante intuitiva e rápida podendo ser executado em qualquer dispositivo Android com versão igual ou superior a v.4.0 em razão da compatibilidade da plataforma de construção e compilação” afirma Rafael.

A professora Camila explica que sempre gostou muito do conteúdo de Genética e percebia nos alunos, uma dificuldade em compreender os conceitos básicos e necessários para a resolução dos problemas envolvendo cruzamentos mendelianos, e esta dificuldade a inquietava. “Depois de cursar a disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação associada ao ensino de Biologia do meu doutorado em Ensino de Ciências comecei a pensar em como aliar a tecnologia, que os alunos gostam tanto, com aquilo que eles mais têm dificuldades”.

Camila afirma ter pensado em várias propostas, como jogos, atividades online, uso de softwares e, ao mesmo tempo em que ia amadurecendo a ideia, procurava um aluno voluntário para dedicar-se com ela na criação. “Em 2017, quando assumi a turma do 3º ano do curso técnico em Informática, lancei a ideia a dois alunos, que apresentavam dificuldades no conteúdo de Biologia, mas mostravam-se bastante curiosos com a tecnologia. Falei para eles a minha intenção de criar uma ferramenta, que facilitasse a feitura dos cruzamentos mendelianos, mas, não falei o que eu queria exatamente, até porque não existia nada determinado”.

Por questões particulares um dos alunos acabou desistindo de participar das discussões, mas o aluno Rafael de forma bastante persistente e comprometida sempre propunha novas possibilidades, até que em julho de 2017, propôs a criação de um aplicativo que realizasse os cruzamentos. “Achei ótimo e dei todo o apoio para que ele seguisse adiante, alertando-o para o meu total desconhecimento da área de programação. Foi um tempo de muitas dificuldades, mas também de muito aprendizado. O Rafael encontrava-se num momento crucial do curso em razão do estágio e do relatório e eu viajando muito para coletar os dados da minha tese. Com foco e muita dedicação conseguimos finalizar o App sem erros na programação, atendendo de forma satisfatória os nossos objetivos”, destaca a professora Camila. 

A ideia de registro do aplicativo junto ao INPI surgiu durante a 1ª Feira de Ciências da instituição, em setembro do ano passado, quando o trabalho sobre o Quadro de Punnet foi selecionado como Trabalho Destaque. Durante as apresentações na Feira, um dos ouvintes foi o Diretor de Pesquisa Extensão e Produção do IFFar - Campus Santo Augusto, Francisco Sperotto Flores, que, após escutar o relato e testar a funcionalidade do aplicativo sugeriu que fosse registrada a criação e se disponibilizou para auxiliar no processo juntamente com os demais servidores do Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT.

Camila e Rafael explicam que o processo para obtenção do registro demorou ao todo cinco meses. Neste período, dedicaram-se ao preenchimento de inúmeros formulários, detalharam todo o processo de criação, informaram os códigos utilizados para a programação, realizaram pesquisas para confirmar a originalidade do aplicativo e, com o incentivo e apoio do NIT do Campus Santo Augusto e da Reitoria, conseguiram finalmente obter o Registro no dia 24 de abril deste ano.

O processo de registro junto ao INPI não acarretou investimento financeiro por parte dos inventores, mas, como um dos objetivos era possibilitar o acesso a um número maior de alunos e professores, Camila e Rafael decidiram, neste mês, inserir o aplicativo para download no Play Store. Para isso foi necessário criar uma conta de desenvolvedor no Google Play Developer Console ao custo de $25 dólares. Hoje, o aplicativo encontra-se registrado junto ao INPI sob nº. BR 512018000511-0, tendo como titular o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha, Camila Copetti e Rafael de Ramos Lutz como autores e está disponível para download gratuito por qualquer pessoa com smartphone dentro das configurações mínimas mencionadas anteriormente.

Rafael relata ser indescritível o sentimento de ter um trabalho destaque, criado e registrado dentro da instituição onde concluiu o ensino médio e hoje cursa o ensino superior: “eu sou o primeiro da minha família a conseguir isto, não tenho como descrever o sentimento de realização, afinal, foram noites sem dormir que valeram a pena. Agora que ele está registrado e disponível, podemos disseminar. É possível ter algumas oportunidades que antes não era possível” afirma o aluno.

Para a professora Camila, muito mais do que ter um programa registrado ou de ter sido autora do primeiro registro do Campus Santo Augusto, nestes mais de 10 anos de história, é ter vivenciado o crescimento e a dedicação do Rafael, como aluno e como ser humano. Além disso, conseguir disponibilizar gratuitamente uma ferramenta que vai contribuir com o ensino e aprendizagem de Biologia é extremamente gratificante e demonstra toda capacidade e potencialidade da instituição.

Camila e Rafael maosApp

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