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IFFar

Nesta quarta-feira (20), às 16h, a professora Thamille Pereira dos Santos fará uma live sobre altas habilidades e superdotação no canal da WebTV do IFFar no YouTube. A ação é uma parceria entre o projeto Café com Inclusão e o quadro Cuide-se em Casa.

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Thamille é mestre em Educação Profissional e Tecnológica pelo Profept/IFFar. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Inclusiva. Atualmente, é professora de educação especial no município de Santo Ângelo.

Dúvidas sobre o tema podem ser encaminhadas para o e-mail da professora Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Será disponibilizado um link para inscrição na descrição do vídeo durante a transmissão no YouTube, o que gerará uma certificação para os inscritos. Acompanhe o bate-papo ao vivo pelo canal da WebTV do IFFar no YouTube.

Material de apoio sobre altas habilidades/superdotação

A Coordenação de Ações Inclusivas (CAI) do IFFar, juntamente com o Núcleo de Adaptação de Materiais Didático-Pedagógicos (Neama), preparou um material com explicações simples e didáticas como forma de sensibilizar o público sobre a temática da live. Confira abaixo.

A Teoria dos Três Anéis

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Fonte: Associação Nacional para o Estudo e a Intervenção na Sobredotação (ANEIS) de Portugal

A Teoria dos Três Anéis (Renzulli, 1986) compreende a superdotação como resultado da interação de três componentes: habilidade acima da média, criatividade e envolvimento na tarefa. Nenhuma dessas componentes, por si só, será suficiente para a expressão da superdotação. É a interação entre os três fatores que permite a realização criativa-produtiva. Dessa forma, além da habilidade acima da média, torna-se fundamental incluir a motivação e a criatividade, como as três grandes variáveis descritivas da superdotação. Renzulli (1986) destaca, ainda, que os três anéis interagem tendo como pano de fundo o ambiente e os traços de personalidade do indivíduo.

A Teoria das Inteligências Múltiplas

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Fonte: http://www.kfpscoach.com.br/single-post/2016/04/05/inteligenciasmultiplas

Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner Howard Gardner (1999) concebe a inteligência como a capacidade do sujeito processar informação em um determinado contexto e cultura. Essa definição entende a inteligência como potencial a concretizar em função das características do meio. O autor ilustra uma abordagem multidimensional, ampla e pragmática da inteligência, sendo constituída por múltiplas habilidades, distintas entre si, formando inteligências relativamente autônomas.

Confira abaixo uma breve descrição de cada uma das inteligências propostas pelo autor e exemplos de alguns profissionais que possuem indicadores de altas habilidades:

Inteligência Linguística

Capacidade para gerir e estruturar os significados, bem como as funções das palavras e da linguagem; altas capacidades de escrita e oralidade; gosto pela leitura; gosto pelas rimas e jogos com palavras; gosto em ouvir apresentações orais; habilidades para aprender línguas.

Exemplos: Poetas, dramaturgos, escritores, oradores.

Inteligência Lógico-matemática

Bom raciocínio matemático, traduzido na habilidade para realizar cálculos, quantificar e considerar proporções, estabelecer e comprovar hipóteses, desenvolver operações matemáticas complexas, encontrar e estabelecer relações entre objetos, analisar problemas do ponto de vista lógico e investigar assuntos cientificamente.

Exemplos: Matemáticos, cientistas, informáticos, analistas financeiros, contabilistas, economistas, engenheiros.

Inteligência Visuo-espacial

Capacidade para compreender com precisão o mundo visual e espacial (leitura fácil de mapas, diagramas e esquemas gráficos), para reconhecer e manipular os padrões de um espaço amplo, assim como de áreas restritas, para efetuar transformações nas percepções iniciais dos objetos e para elaborar representações mentais de objetos complexos.

Exemplos: Arquitetos, jogadores de xadrez, artistas plásticos, pilotos, navegadores.

Inteligência Corporal-cinestésica

Habilidade de utilizar o corpo para resolver problemas ou criar produções, aparecendo em pessoas com uma grande capacidade no domínio desportivo e artístico. Relaciona-se com o desenvolvimento psicomotor, implicando a capacidade para controlar movimentos do próprio corpo e manipular objetos com destreza.

Exemplos: Atletas, bailarinos, malabaristas, alpinistas, cirurgiões.

Inteligência Musical

Engloba competências na realização, composição e apreciação de formas musicais, a habilidade para discriminar, transformar e expressar padrões musicais, assim como a sensibilidade ao ritmo, ao tom e ao timbre.

Exemplos: Compositores, músicos, maestros e instrumentistas.

Inteligência Intrapessoal

Reporta-se ao conhecimento que a pessoa tem de si mesma: a capacidade de identificar e discernir os próprios sentimentos, emoções, desejos e aptidões, bem como os processos metacognitivos e a utilização correta dessa informação na regulação da própria vida e na construção de um projeto coerente de realização pessoal.

Exemplos: Romancistas, teólogos, psicólogos, filósofos.

Inteligência Interpessoal

Capacidade para compreender intenções, motivações e desejos de outras pessoas e, consequentemente, lidar com os outros de forma adequada e eficaz.

Exemplos: Professores, líderes, políticos, vendedores.

Inteligência Naturalista

Capacidade para compreender e desenvolver experiências com o mundo natural, através da observação, planeamento e testagem de hipóteses relativas aos fenômenos naturais, a perícia no reconhecimento e classificação das espécies do meio ambiente.

Exemplos: Investigadores, biólogos, botânico

Secom

 

 

 

 

 

Publicado em Notícias Santa Rosa

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  • 19/05/20
  • 15h03

Manter a mente saudável é fundamental para permanecer em equilíbrio em um contexto em que estamos afastados da rotina habitual e do contato social. Para ajudar a lidar com as incertezas e preocupações desse período, as servidoras do IFFar e instrutoras de yoga Rafaelle Gonçalves e Raquel Goularte mostram como a meditação pode contribuir para cultivar o equilíbrio emocional.

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1) O que é meditação?

A palavra “meditação” deriva do latim, meditare, e significa “voltar-se para o centro, no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar a atenção para dentro de si”. As palavras “meditação” e “medicina” têm o mesmo radical, do latim medeor, que significa “eu curo”. Essa palavra pode assustar algumas pessoas ou pode nunca ter chamado a atenção antes. Por isso, convidamos todos a experimentar a meditação aos poucos, um dia de cada vez, e tirar suas próprias conclusões sobre as técnicas e os benefícios dessa prática.

2) Algumas pessoas se consideram muito agitadas e incapazes de meditar. A meditação também é possível nesses casos?
Todos sabemos que tomar banho faz bem para a saúde, porque praticamos a limpeza do corpo. A limpeza da mente também é necessária e, na maioria das vezes, é ignorada. A meditação é interna, ela não pode ser ensinada, ela precisa ser experienciada. O instrutor mostra alguns caminhos para que qualquer pessoa possa experimentar, cada uma no seu tempo, cada uma com a técnica, postura e local que mais se adequar e funcionar para si. A respiração consciente já é uma técnica de meditação. O estado de presença em cada ato também pode ser meditação. Você pode meditar lavando a louça ou tomando banho se a sua atenção estiver ali e somente ali no momento presente. Meditar é um exercício constante. Haverá dias em que você rapidamente vai se acalmar, outros dias vai demorar um pouco mais. Cada dia é um dia e está tudo bem. O principal é conseguir se manter no presente e entender que não se pode controlar tudo. Marque um encontro consigo mesmo e escute o seu barulho interno. Com a prática, os pensamentos vão diminuir, eles vão criando espaço e é nesse espaço que você se encontra.

3) Por que é tão importante dar atenção à respiração?
A nossa existência na Terra começa com a primeira inspiração e se estende até a última exalação. Talvez durante toda a sua vida, você nunca tenha parado para agradecer pelo ar que respira e por poder respirar livremente. Hoje qualquer saída emergencial à rua exige que se use máscara. Respirar é o que nos mantém vivos. No yoga, a respiração tem a função de controlar a energia vital (prána), além de ajudar a aquietar a mente e a tranquilizar estados emocionais alterados.

4) Existe uma forma de respirar corretamente?
A forma de respirar vai depender do objetivo pretendido. Na natação, respira-se pela boca; na corrida, utiliza-se as fossas nasais e a boca para aumentar a ventilação pulmonar e, consequentemente, trazer mais resistência. Contudo, para atividades diárias e manutenção da vida, a respiração nasal é a mais indicada, cujo objetivo é filtrar e aquecer o ar que respiramos.

5) Como é possível acalmar os pensamentos e emoções a partir da respiração?
O ritmo da respiração diz muito sobre nosso estado emocional e também é um super-poder para administrar nossas sensações. Uma respiração suave e profunda estimula o sistema nervoso e faz com que hormônios calmantes fluam pelo corpo. Esse processo acalma emoções, sentimentos e pensamentos negativos, fazendo com que você passe a respirar um pouco mais devagar e profundamente e, consequentemente, comece a relaxar.

5 mitos sobre meditação

1 - Meditar é não pensar em nada - “A natureza da mente é pensar”, dificilmente você conseguirá ficar sem pensar. O que ocorre na meditação é a observação desses pensamentos, de forma que eles ganhem espaço, de forma que você não interaja com eles. Assim, com a prática, a cada dia, você vai colhendo os benefícios de se sentir mais calmo, mais relaxado, vai aprendendo a agir, em vez de reagir, vai aprendendo a equilibrar as emoções, a agir com menos impulso. Isso melhora sua comunicação com o mundo interior e exterior.

2 - Eu não tenho tempo - Você não precisa meditar por 30 minutos ou uma hora diariamente, tampouco adianta fazer isso uma ou duas vezes por semana. Se iniciar com 3 minutos ao acordar, 3 minutos antes de dormir, depois aumentar esse tempo para 5 minutos, 10 minutos… em pouco tempo, isso já se tornará um hábito como tomar banho.

3 - Meditar dói - A postura em que você vai ficar para meditar é apenas um meio para conseguir acalmar a mente. Embora cursos, instrutores, vídeos orientem a prática de meditação sentados no chão em postura de lótus ou outra postura sentada, isso não implica diferentes resultados se você não conseguir assumir essa postura. No yoga, há um princípio que se chama Ahimsa e quer dizer não violência. Não há motivo para ficar em postura desconfortável se o objetivo é acalmar/organizar os pensamentos. É importante, sim, ficar em uma postura com a coluna ereta e ficar sem se mexer pelos minutos em que silenciar. Essa postura deve ser a mais confortável possível.

4 - Eu não tenho um lugar especial - Procurar um lugar calmo, silencioso, longe de interferências externas é uma das maiores resistências à meditação. No início, pode ser um empecilho, mas com o tempo, você vai perceber que o mais importante é saber direcionar a intenção e a mente. Você deve estar presente, sentir o entorno, mas não interagir com ele, da mesma forma que fará com os pensamentos.

5 - Meditação é sinônimo de relaxamento - Meditação e relaxamento são práticas distintas. É possível dizer que o relaxamento contribui para a meditação, mas a diferença entre eles está na entrega. Em uma prática de yoga, geralmente, ao final, faz-se o relaxamento. Muitas pessoas acabam dormindo. Isso também pode ocorrer se praticarem meditação deitadas. Na meditação, você deve estar presente, é o equilíbrio entre o esforço e a entrega. Você se torna observador de si próprio e ouvinte do seu barulho interno, até que esse barulho vá perdendo força, vá diminuindo e vá dando espaço para sua essência. Por isso, recomenda-se que se pratique meditação sentado. É claro, se a pessoa estiver impossibilitada fisicamente de ficar sentada por alguns minutos, não terá prejuízo de praticar deitada.

Dicas e exercícios de meditação

  • Escolha um local em que não seja interrompido e use roupas confortáveis, pois a mente se distrai facilmente.
  • Procure se sentar em uma posição confortável e, de preferência, com a coluna ereta. 
  • Programe um alarme com o tempo que deseja meditar. Comece com tempos menores (3 a 8 minutos) para se adaptar.
  • Observe a respiração sem tentar controlá-la. 
  • Não se cobre demais.Se os pensamentos vierem, apenas observe-os e traga gentilmente a atenção de volta à respiração.


Em anexo, você encontra links selecionados pelas instrutoras de yoga relacionados com a prática da meditação e um áudio de relaxamento e meditação guiados gravado pela instrutora Raquel Goularte.

Publicado em Notícias Santa Rosa

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  • 15/05/20
  • 14h36

Em uma reflexão leve e didática, o professor de Educação Física do IFFar, Anderson Fetter, explica os significados do conceito de motivação e destaca a importância da atividade física para manter a qualidade de vida em tempos de isolamento social.

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"Em qual instante da sua vida você fica completamente PARADO?"

 De maneira geral, muitos pensam que é quando estamos dormindo, em repouso. No entanto, neste estado, há ainda movimentos involuntários que o organismo desencadeia para continuar sobrevivendo, como os batimentos cardíacos, os movimentos respiratórios e peristálticos, entre outros. A resposta mais adequada é quando estamos mortos. Assim, proponho uma regra de três simples: se estamos parados quando estamos mortos, quando estamos vivos é porque... nos MOVIMENTAMOS. E, em uma regra de três composta: se estamos parados, estamos mortos; se nos movimentamos, estamos vivos.

E para vivermos bem, o que é necessário? Sim, precisamos nos MOVIMENTAR BEM!!!

Atividade física e exercício físico têm o mesmo significado?

Tudo aquilo que nos propõe nos ativarmos para viver é atividade física. Em poucas palavras, se fizermos o organismo alterar seu metabolismo básico, isto deve ser considerado como atividade física. Saímos da zona de conforto! Logo, as atividades físicas promovem uma respiração, um batimento cardíaco mais acelerado do que quando estamos dormindo: caminhar para ir ao trabalho, aparar a grama do quintal, cozinhar, entre outras atividades.

Já os exercícios físicos são as práticas desenvolvidas de maneira sistematizada, orientada para uma devida finalidade, que pode ser a manutenção da saúde, o desenvolvimento de flexibilidade, o desenvolvimento de força física e potência. Enfim, podemos resumir o exercício físico como o TREINO em si, em uma perspectiva metodológica. Musculação, dança e yoga são exemplos de atividades físicas. Quando colocamos método ao treino, transformamos nossa atividade em exercício.

O conceito de motivação

A palavra MOTIVAÇÃO se origina do latim motus (movido) e motio (movimento). Para viver, é necessário que haja movimento. Para se viver bem, é preciso que se faça bem os movimentos.

A motivação pode ser entendida como uma força energética que orienta o indivíduo em relação aos objetivos. Ela projeta o indivíduo para fazer as coisas, traçar planos e caminhos. Nos seres humanos, a escolha do caminho depende de vários fatores, a partir dos quais se busca gerar uma escolha de forma antecipada ao caminho com menos trânsito. Temos então, enquanto seres humanos, condições de elaborar mapas mentais, cognitivos, que vão elaborando caminhos dependendo da necessidade que se apresenta em um plano.

Fatores internos e externos da motivação

 A discussão sobre os vetores da motivação transcendem diversas perspectivas. Há autores que a classificam de maneira dual em sua origem: motivação intrínseca, cujo viés se embasa no campo da automotivação, e motivação extrínseca, em que prêmios, auxílios e estímulos externos oportunizam a gênese de um estado de espírito que podemos chamar de entusiasmo. No entanto, para alguns autores, a motivação será sempre interna, originada no âmago do indivíduo conforme sua necessidade latente, não havendo, portanto, motivações extrínsecas, mas apenas estímulos externos.

“Se quero viver bem, é preciso que haja movimento”

Corpo e mente não podem ser dissociados no ser humano, o que torna fundamental uma profunda reflexão sobre as dinâmicas e objetivos a serem traçados. Se quero VIVER BEM, é preciso que haja motio motios. E, para que haja movimento, é indispensável que haja motivação, mesmo que a preguiça esteja “ao pé do ouvido”, dizendo que o sofá é mais macio e confortável que calçar um par de tênis nos pés e dar uma volta na quadra.

“Mas como faço em tempos de pandemia, em que devo evitar sair de casa o máximo possível?”

Para podermos voltar a fazer exercícios ao ar livre com qualidade depois da pandemia, ficar parado é a última coisa que podemos pensar nesse momento. Para tanto, há diversas sugestões de atividades físicas para se fazer no conforto do lar. Cuidar da casa já é uma tarefa que exige bastante do organismo, e o resultado geralmente é bastante reconfortante. Aparar a grama do quintal, varrer a calçada, limpar a parte interna da casa, preparar o próprio alimento e manter a organização da cozinha, por exemplo, são atividades que exigem esforço e que nos trazem recompensas físicas e psicológicas.

Também é possível preparar uma música e dançar em casa. Dance para você! Dançar é uma atividade física que oportuniza o desafio e gera bem-estar de forma natural, pois faz o cérebro se ativar de maneira divertida. Brincar com os filhos, companheiros e animais de estimação também é uma forma de se ativar fisicamente.

Faça sozinho ou convide as pessoas que estão com você a praticar ginástica. É uma alternativa que intensifica as capacidades corporais. Buscar informações com profissionais de Educação Física para sistematizar exercícios físicos adequados à sua realidade corporal oportuniza alcançar resultados mais expressivos, além de ir ao encontro do VIVER BEM, pois estará realizando BEM seus MOVIMENTOS.

Há diversas formas de buscar a manutenção e regeneração do nosso organismo. Para isso, torna-se fundamental se DESACOMODAR, sair da zona de “preguiça”, olhar o horizonte e vislumbrar que o ser humano foi criado para descobrir um mundo cheio de coisas para serem feitas. Mexa-se. Mova-se. Viva bem!

Motivação como tema de pesquisa de mestrado

O professor Anderson Fetter defendeu sua dissertação na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto (ESE/IPP - Portugal) no final de 2018, no programa de Mestrado em Educação com Especialização em Educação e Formação de Adultos. Com o título "Por uma educação inspirada na vida, que inspira vida – a perspetiva dos professores dos cursos PROEJA quanto à formalização de saberes adquiridos no currículo", o professor fez um paralelo entre ações governamentais do Brasil e de Portugal para promover a valorização dos saberes adquiridos de indivíduos adultos para a certificação de sua formação escolar.

O objetivo principal foi verificar como os professores do PROEJA enxergavam a proposta de expandir a VAE (Validação de Aquisição de Experiências - prevista no Programa CERTIFIC) no currículo do programa, como elemento que pudesse motivar o estudante a buscar se manter no itinerário formativo oportunizado pela instituição.

Anderson entrevistou 12 docentes do IFFar que relataram se sentir desafiados a colocar em prática essa estratégia, além de considerarem muito significativo para a instituição propiciar esse espaço especial para o público adulto, mesmo com dificuldades internas para promovê-lo.

Mais informações sobre a pesquisa realizada pelo professor podem ser encontradas aqui.

Secom

Publicado em Notícias Santa Rosa

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  • 30/04/20
  • 17h16

Nesse período de isolamento social, marcado por mudanças e adaptações nas tarefas do dia a dia, a ansiedade pode se manifestar e influenciar negativamente os hábitos alimentares. A nutricionista do Campus São Vicente do Sul, Carlise Prevedello, traz dicas para manter uma rotina de alimentação saudável, destacando os alimentos que funcionam como aliados no combate à ansiedade.

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1) Há alguma relação entre a forma como nos alimentamos e o modo como nos sentimos nesse período? Existem alimentos que podem tornar esse período ainda mais difícil, aumentando ansiedade, estresse e desânimo, por exemplo?

Nossa alimentação é intimamente relacionada com o nosso bem-estar emocional e pode influenciar de maneira positiva ou negativa em nossa saúde. Todos conhecem a célebre frase, que inclusive já foi título de reality show: “Você é o que você come!” Sem levar a frase ao pé da letra, a forma como nos alimentamos influencia diretamente no nosso bem-estar. Existem alimentos que estimulam a produção de cortisol, hormônio liberado em resposta ao estresse e à ansiedade, como é o caso dos alimentos com alto índice glicêmico. Esses alimentos incluem produtos ricos em açúcar e amidos refinados (doces de maneira geral e alimentos produzidos com farinhas brancas). Alimentos ricos em cafeína e bebidas energéticas, além do hábito de pular refeições, também podem aumentar os níveis de cortisol. Assim, devemos preferir alimentos integrais e evitar doces (principalmente próximo ao horário de dormir), o excesso de cafeína (mais que 90ml/dia) e bebidas estimulantes. A organização de nossas refeições em horários regulares também auxilia nesse processo.

2) Em tempos de isolamento social, a ansiedade pode interferir negativamente na manutenção de hábitos saudáveis de alimentação? De que forma?

Com certeza, a ansiedade nos leva a um misto de sentimentos, incluindo sentimentos de vazio e impotência, o que, para muitas pessoas, pode ser preenchido momentaneamente através da comida, geralmente na forma de alimentos açucarados e gordurosos. Nos casos mais graves, após a experiência de preenchimento deste vazio, desenvolve-se a culpa pela ingestão de alimentos inadequados, agravando a ansiedade. A solução passa a ser novamente o preenchimento através da comida, tornando-se um círculo vicioso.

3) Por que buscamos, muitas vezes, aliviar a ansiedade com a comida? Como devemos agir nesses momentos?

Este fato é bastante comum, porém varia de pessoa para pessoa. Geralmente, na correria do dia a dia, o momento da refeição é também o momento de descanso, de prazer, talvez o único momento de prazer daquela pessoa na rotina diária. Então, as pessoas acabam se deixando levar pelo momento e ingerindo alimentos inadequados e porções maiores do que necessitam. Neste período de isolamento social, o ideal seria planejarmos nossa rotina de alimentação, iniciando pela ida ao mercado. Comprar principalmente alimentos saudáveis (frutas de maneira geral, vegetais, alimentos integrais, carnes magras, ovos) que vão contribuir para nossa saúde e deixar para comprar os petiscos e doces em porções menores, para momentos específicos, evitando que os alimentos com excesso de calorias, calorias “vazias” ou sem nutrientes sejam rotina na nossa alimentação. Neste momento, temos uma oportunidade única para nos dedicarmos a nossa alimentação e cuidarmos da nossa saúde. Também é uma ótima oportunidade para mantermos ou iniciarmos uma atividade física, mesmo em casa.

4) A comida realmente causa uma sensação de alívio para a ansiedade ou ela apenas agrava nossa sensação de mal-estar?

Isso depende muito da pessoa e de como ela desenvolve a relação com a alimentação. Porém, geralmente, as pessoas que ingerem muitas calorias em uma só refeição para aliviar qualquer outro tipo de problema acabam desenvolvendo outros problemas relacionados à má alimentação. Ao ingerir maior quantidade de alimentos do que deveria, desenvolve a culpa e um círculo vicioso com a comida que deve ser encarado como um problema a mais, que possui tratamento. Médico, nutricionista e psicoterapia devem andar juntos com o paciente para se ter êxito no tratamento nesses casos.

5) Quais alimentos são mais indicados quando estamos ansiosos? Há alimentos que podem nos auxiliar no controle da ansiedade?

Neste período em que estamos vivendo, o importante para a boa alimentação é o planejamento. Além da lista de compras, precisamos organizar os horários e o número de refeições. Uma alimentação adequada se dá por, no mínimo, 6 refeições diárias (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia) com, no mínimo, 2 horas de intervalo e, no máximo, 3 horas. Prefira porções pequenas, sempre com algum tipo de vegetal na refeição. Os lanches pequenos (da manhã e ceia) devem conter frutas ou castanhas, e as refeições principais (almoço e jantar) devem ser baseadas nos vegetais. Assim, priorizamos a ingestão de nutrientes e ganhamos saciedade ao invés de calorias.

 Alimentos que auxiliam no controle da ansiedade

Alimentos ricos em Fenilalanina
A fenilalanina é um aminoácido que tem como uma de suas funções ser precursora da dopamina. Esse neurotransmissor, por sua vez, está envolvido no mecanismo de recompensa cerebral fazendo a pessoa se sentir bem e diminuindo aquela grande vontade de ingerir alimentos gordurosos e ricos em açúcar. Alguns alimentos ricos neste aminoácido são: frango, ovos, arroz integral, brócolis, abóbora, couve, manteiga e agrião.

Alimentos ricos em Triptofano
O triptofano é um aminoácido e precursor da serotonina, que proporciona prazer e bem-estar. O neurotransmissor ajuda a pessoa a se sentir bem, espantando o estresse. Alimentos ricos em triptofano são: arroz integral, soja, oleaginosas, carne, ovos, leite e derivados magros.

Alimentos ricos em Vitamina B5
A vitamina B5 é importante para regular o cortisol, outro cofator para a produção de serotonina. Quanto mais serotonina, maior a sensação de bem-estar e menor a produção do cortisol. Alguns alimentos ricos neste nutriente são: damasco, amêndoa, leite, salmão, gérmen de trigo e farinha de aveia. 

6) Como a manutenção de hábitos alimentares saudáveis pode contribuir para nossa saúde mental e para nossa qualidade de vida em tempos de isolamento social?

Manter uma alimentação saudável é manter uma saúde adequada e qualidade de vida. Uma dieta saudável dará ao organismo nutrientes fundamentais para o cérebro, como diversos minerais, vitaminas, aminoácidos e ácidos graxos essenciais. Esses nutrientes são importantes porque têm efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e neuroprotetores, que ajudam a combater as consequências negativas do estresse, comum neste período. Uma alimentação adequada com as combinações certas de vitaminas, minerais e gorduras saudáveis impactam diretamente no funcionamento cerebral, na cognição, níveis de energia e no estado emocional.

Dicas complementares da nutricionista para manter uma rotina saudável de alimentação em tempos de isolamento social:

  • Coma frutas e vegetais para ingerir maiores quantidades de fibras e nutrientes e aumentar a sensação de saciedade.
  • Evite grandes quantidades de doces e petiscos que não ofereçam nutrientes. Ao consumi-los, procure comprar porções menores e servir-se de porções pequenas, saboreando e mastigando com calma os alimentos.
  • Ao ingerir biscoitos ou salgadinhos, coloque uma porção desses alimentos em um recipiente, evitando que o pacote inteiro fique a seu alcance.
  • Organize suas refeições durante o dia com, pelo menos, duas refeições principais e três lanches pequenos, evitando ficar muito tempo sem se alimentar.
  • Inclua na sua rotina diária frutas cítricas, feijão, carnes e vegetais verdes escuros a fim de manter a imunidade em dia.
  • Inclua ou mantenha uma atividade física para conseguir lidar positivamente com o estresse. O exercício físico proporciona sensações de prazer e de autocontrole, melhorando nossa saúde e fortalecendo nosso sistema imunológico. Também auxilia na perda de peso e na diminuição da gordura corporal. 

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  • 23/04/20
  • 18h25
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