Ir direto para menu de acessibilidade.

Tradução Portal

ptendeites

Opções de acessibilidade

  • Consulta Pública PDI 2019-2026
Início do conteúdo da página
× Orientações para participar da Consulta Pública do PDI 2019-2026 do IFFar

- Após a leitura, para propor alterações, basta clicar no ícone “Responder tópico” no canto superior esquerdo da tela. Em seguida, você deve preencher o formulário com os seguintes dados: nome, e-mail e assunto.
- No espaço destinado para “Mensagem”, você deve deixar seu comentário referente ao capítulo. O comentário deve ser escrito de forma clara e objetiva, indicando especificamente o trecho do capítulo a que sua alteração se refere. Essa alteração pode se dar na forma de supressão, acréscimo ou correção.
- Após adicionar a sua sugestão, clique em “Enviar”. Se desejar inserir mais um comentário, é só repetir o processo.

O IFFar agradece sua contribuição. Sua participação é fundamental para a construção coletiva e democrática dos rumos institucionais para os próximos 8 anos!

Texto para Consulta Pública: 4.4 Políticas de Pesquisa, Extensão, Empreended...

  • Moderador PDI
  • Autor do Tópico
Mais
5 anos 9 meses atrás - 5 anos 9 meses atrás #75 por Moderador PDI
4.4 Políticas de Pesquisa, Extensão, Empreendedorismo e Inovação

4.4.1 Políticas de Extensão

A extensão no IFFar é compreendida como um processo educativo, cultural, social, científico e tecnológico que promove a interação transformadora entre as instituições, os segmentos sociais e o mundo do trabalho local e regional, com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos, visando ao desenvolvimento socioeconômico, ambiental e cultural sustentável, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa. Na construção de sua política institucional de extensão, o IFFar teve como base os incisos IV, VI e VII, do Artigo 43 e inciso IV do Artigo 44, do Capítulo IV da Lei 9.394 de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) –, a Lei da Criação dos Institutos Federais (Lei 11.892/2008), as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e a Política de Extensão dos Fóruns FORPROEX (Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas Brasileiras) e FORPROEXT (Fórum de Pró-Reitores de Extensão ou Cargos Equivalentes das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica).

Os Artigos 43 e 44 da LDB trazem os seguintes preceitos referentes à extensão, nos seguintesincisos:

IV – promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
VI – estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII – promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. (BRASIL, 1996)



O inciso IV, do Artigo 44 da LDB, menciona que a educação superior abrangerá entresseus cursos e programas aqueles “de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino”.
Nos incisos VII, VIII e IX, constantes no Artigo 6º, da Lei 11.892/2008, a extensão encontra-se como uma das finalidades e características dos Institutos Federais:

desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica; realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico e promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente. (BRASIL, 2008)


Na mesma direção, os incisos II e IV do Artigo 7º da mesma Lei, a extensão é apresentada como parte dos objetivos dos Institutos Federais:

ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica e desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos. (BRASIL, 2008)


A Portaria MEC Nº 1.350, de 14 de dezembro de 2018, que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, define a extensão nos seguintes termos:

A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa (MEC, 2018).


O FORPROEX define a extensão universitária “sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade” (FORPROEX, 2012, p.16). O FORPROEXT, na mesma direção, sintetiza a extensão como um “processo educativo, cultural, político, social, científico e tecnológico que promove a interação dialógica e transformadora entre as instituições e a sociedade, levando em consideração a territorialidade” (FORPROEXT, 2015).

Com base nestes documentos, o IFFar definiu sua política institucional e suas diretrizes que tem como princípios e objetivos:

  • Interação Dialógica – este princípio orienta o desenvolvimento de relações entre a instituição de Educação e os setores sociais, marcadas pelo diálogo e pela troca de saberes em uma ação de reciprocidade. A ação tradicional de estender à sociedade o saber acumulado na Academia se completa enquanto interação dialógica, quando se consideram os saberes construídos na prática cotidiana, no fazer profissional e na vivência comunitária;
  • Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade – este princípio busca combinar a especialização, característica dos processos de formação profissional, com a consideração de que a vivência e as questões abordadas em comunidades e outros grupos sociais são complexas, assim como os 60 objetivos e objetos das ações de Extensão desenvolvidas em função destes setores da sociedade. Esta complexidade exige uma visão holista na integração de especialidades para a realização de ações extensionistas, o que pode ser materializado pela interação de conceitos e modelos provenientes de várias disciplinas e áreas do conhecimento em busca de uma consistência, tanto teórica como operacional, de que a efetividade destas ações depende;
  • Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão – pressupõe-se neste princípio que as ações de extensão adquirem maior efetividade se estiverem vinculadas ao processo de formação de pessoas (Ensino) e de geração de conhecimento (Pesquisa). Na relação Extensão-Ensino, a diretriz de indissociabilidade coloca o estudante como protagonista de suas formações técnica e cidadã. Na relação Extensão-Pesquisa, visando à produção de conhecimento, a Extensão Universitária sustenta-se principalmente em metodologias participativas, no formato Impacto na formação do estudante. Para imprimir qualidade à formação do estudante e promover o protagonismo estudantil, as ações extensionistas devem explicitar três elementos essenciais: (I) a designação do orientador; (II) os objetivos da ação e as competências dos atores nela envolvidos; (III) a metodologia de avaliação da participação do estudante. A articulação destas ações com a formação do estudante depende, também, de um diálogo franco e permanente dos órgãos destinados ao fomento das ações extensionistas com os colegiados de gestão acadêmica dos cursos;
  • Impacto e Transformação social – este princípio firma a Extensão como o mecanismo por meio do qual se estabelece a inter-relação com os outros setores da sociedade, com vista a uma atuação transformadora, voltada para os interesses e necessidades da maioria da população e mediadora do desenvolvimento social, econômico e cultural. Este princípio se pauta nas seguintes características: (I) privilégio de questões sobre as quais atuar, sem desconsideração da complexidade e diversidade da realidade social, econômica e cultural; (II) abrangência, de forma que a ação, ou um conjunto de ações, possa ser suficiente para oferecer contribuições relevantes para a transformação do território sobre os quais incide; (III) efetividade na solução do problema.

Com base nesses princípios, a Extensão, no IFFar, desenvolve-se a partir dos seguintes objetivos:
  • Promover o desenvolvimento de atividades extensionistas de acordo com os princípios e finalidades da Educação Profissional, Científica e Tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais priorizando ações que a integrem ao ensino e à pesquisa;
  • Assegurar um ambiente favorável para o desenvolvimento de ações, envolvendo docentes, estudantes e técnico-administrativos em educação, configurando-se como instrumento indispensável à formação da comunidade acadêmica e de intercâmbio com a sociedade;
  • Oferecer ao educando oportunidades de vivenciar experiências na sua área de formação profissional e o acesso a atividades que contribuam para sua formação cultural e ética, desenvolvendo o seu senso crítico, a cidadania e a responsabilidade socioeconômica;
  • Propiciar a participação institucional em ações sociais que priorizem a superação da desigualdade e a melhoria da qualidade de vida, no âmbito das ações afirmativas;
  • Incentivar o desenvolvimento de programações científicas, artístico-culturais, sociais e esportivas, envolvendo estudantes, servidores e sociedade;
  • Promover a transferência de tecnologias sociais, notadamente aquelas voltadas à preservação do meio ambiente;
  • Fortalecer o espírito empreendedor, a inovação e a cooperação por meio de ações que desafiem servidores e estudantes a propor alternativas para o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais com vista ao desenvolvimento sustentável;
  • Intensificar as relações com instituições públicas, privadas e organizações sociais para a realização de parcerias nacionais e internacionais; e
  • Estabelecer estratégias institucionais para assegurar o atendimento às dimensões da extensão, às suas diretrizes e à implementação de políticas públicas.

Para atingir tais objetivos, é necessário que o IFFar assuma uma política de extensão inovadora, dinâmica e comprometida com a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, com projetos e programas de natureza acadêmica, focadas no desenvolvimento acadêmico do estudante, na produção de conhecimento e na transformação social.


4.4.1.1 Organização da Extensão

O Instituto Federal Farroupilha utiliza a proposta de organização sugerida pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão – FORPROEXT, que tem por objetivo uniformizar terminologias e criar uma base conceitual comum (FORPROEXT, 2012). Desse modo, as ações da Extensão serão promovidas por meio de Dimensões Operativas, as quais estão organizadas a partir do conjunto de ações desenvolvidas pela Rede Federal de Ensino Profissional, Científico e Tecnológico – EPCT, descritas a seguir:
  • Desenvolvimento Tecnológico – Projetos voltados ao desenvolvimento e aperfeiçoamento tecnológico de produtos, processos e prestação de serviços em parceria com instituições públicas ou privadas, nacionais e internacionais, com interface de aplicação no mundo produtivo.
  • Projetos Sociais – Projetos que agregam um conjunto de ações, técnicas e metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social, relações étnico-raciais, geração de oportunidades e melhoria das condições de vida.
  • Estágio e Emprego – Compreende todas as atividades de prospecção de oportunidades de estágio/emprego e a operacionalização administrativa dos mesmos.
  • Cursos de Extensão ou Formação Inicial e Continuada (FIC) ou Qualificação Profissional – Ação pedagógica de caráter teórico e prático, presencial ou a distância, planejado para atender demandas da sociedade, visando ao desenvolvimento, à atualização e ao aperfeiçoamento de conhecimentos científicos e tecnológicos com critérios de avaliação definidos e oferta não regular.
  • Projetos Culturais Artísticos, Científicos, Tecnológicos e Esportivos – Compreende ações referentes a eventos técnicos, sociais, científicos, esportivos, artísticos e culturais, favorecendo a participação da comunidade externa e/ou interna.
  • Visitas Técnicas – Atividade educacional supervisionada cujo objetivo principal é promover mais interação entre os estudantes das diversas áreas educacionais da instituição com o mundo do trabalho.
  • Empreendedorismo e Associativismo – Difusão e aplicação dos conhecimentos e práticas de empreendedorismo e associativismo, com ênfase no cooperativismo, por meio de programas institucionais.
  • Acompanhamento de egressos – Constitui-se no conjunto de ações efetuadas com o objetivo de acompanhar o itinerário profissional do egresso, na perspectiva de identificar cenários junto ao mundo produtivo e retroalimentar o processo de ensino, pesquisa e extensão.
  • Projetos Ambientais – Tem por objetivo o desenvolvimento, o fomento e a difusão de conhecimentos que visem à preservação ambiental e às práticas sustentáveis, dentro e fora da instituição.[a id="_Toc179138"][/a]


4.4.1.2 Programas Institucionais de Extensão

Os programas institucionais de Extensão visam viabilizar a consecução das Políticas de Extensão. Os programas encontram-se divididos da seguinte forma:
  • Programa de Arte e Cultura – Visa a reconhecer e a valorizar a diversidade cultural, étnica e regional brasileira no âmbito das regiões de atuação do IFFar, bem como valorizar e difundir as criações artísticas e os bens culturais, promover o direito à memória, ao patrimônio histórico e artístico, material e imaterial, propiciando o acesso à arte e à cultura às comunidades. As linhas de extensão de artes cênicas, artes integradas, artes plásticas, artes visuais, mídias, música e patrimônio cultural, histórico e natural.
  • Programa Institucional de Apoio ao Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira Farroupilha – PIADIFF – Almeja o desenvolvimento de ações de Extensão na faixa de fronteira que fomentem a constante geração de oportunidades para o exercício da cidadania e melhoria da qualidade de vida de suas populações, permitindo a troca de conhecimentos e de mobilidade acadêmica/intercâmbios.
  • Programa Institucional de Inclusão Social – PIISF – Tem como finalidade desenvolver ações de Extensão que venham a atender comunidades em situação de vulnerabilidade social no meio urbano e rural, utilizando-se das dimensões operativas da Extensão, como forma de ofertar cursos/projetos de geração de trabalho e renda, promoção de igualdade racial, de gênero e de pessoas com deficiência, inclusão digital e segurança alimentar/nutricional.
  • Programa de Acompanhamento de Egressos – PAE– Conjunto de ações que visam a acompanhar o itinerário profissional do egresso, na perspectiva de identificar cenários junto ao mundo produtivo e retroalimentar o processo de ensino, pesquisa e extensão.

Os programas acima descritos buscam estimular a participação de servidores docentes e técnico-administrativos em educação em ações de extensão, bem como dos discentes, proporcionando o aprimoramento da sua formação profissional. Ao mesmo tempo constituem-se em estratégias de interação com os diferentes segmentos da comunidade local e regional, visando à difusão de conhecimentos e o desenvolvimento tecnológico.


4.4.2 Políticas de Pesquisa e Pós-Graduação

A pesquisa e a pós-graduação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha constituem processos educativos voltados para a investigação e para produção do conhecimento, estando necessariamente atrelados à produção científica, à inovação tecnológica, à difusão de conhecimentos científicos, tecnológicos, artístico-culturais e conectados ao ensino e à extensão.

O termo "pesquisa", conforme o Documento Concepções e Diretrizes dos Institutos Federais (2008), pressupõe a interligação entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura para a busca de soluções. A pesquisa deve vir ancorada em dois princípios: o científico, que se consolida na construção da ciência; e o educativo, que diz respeito à atitude de questionamento diante da realidade.

Da mesma forma, a pesquisa está presente em todo o trajeto da formação do trabalhador, representa a conjugação entre distintos saberes e se consolida na indissociabilidade entre ensino e extensão.
As pesquisas desenvolvidas no âmbito do IFFar devem envolver todos os níveis e modalidades de ensino e ter, prioritariamente, relação direta com as demandas sociais, culturais, antropológicas, econômicas e produtivas da área de abrangência da instituição, proporcionando o necessário retorno dos resultados para a sociedade por meio de ações conjuntas com a extensão.

Já a pós-graduação propõe-se a qualificar, especializar e aperfeiçoar profissionais, em especial com vista à formação de recursos humanos aptos à pesquisa, ao desenvolvimento e à aplicação de conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação para o enfrentamento de questões práticas relacionadas à sua atuação profissional.

Nesse sentido, a pesquisa e a pós-gradução do IFFar se amparam, necessariamente, nos seguintes princípios:
  • Construção do conhecimento – Toda atividade de pesquisa e pós-graduação desenvolvida no IFFar deve ser pautada na busca da construção do conhecimento, servindo-se de referenciais teóricos e práticos, tendo como horizonte o avanço da ciência bem como a divulgação dos seus resultados entre os pares da comunidade científica;
  • Caráter aplicado da pesquisa – Prioritariamente, as atividades e projetos de pesquisa do IFFar devem ser vinculados a demandas existentes, em especial àquelas originadas nos contextossociais, culturais, econômicos e produtivos, permitindo uma rápida devolutiva dos seus resultados para as comunidades de abrangência da instituição;
  • Formação crítica do estudante – O estudante tem papel central e obrigatório na atividade de pesquisa, com sua inserção sendo realizada desde o primeiro ano do ensino técnico de nível médio até os cursos de pós-graduação, oportunizando o despertar de atitudes críticas e reflexivas diante das pesquisas em desenvolvimento além do desenvolvimento de habilidades para prosseguimento dos estudos em carreira científica;
  • Pesquisa como princípio educativo – Entendida como elemento articulador do currículo ou ainda como um caminho didático e investigativo para aprendizagem visando a autonomia do estudante, a adoção da pesquisa como princípio educativo estabelece uma nova dinâmica em sala de aula, tornando o processo de ensino dialógico e fazendo a aprendizagem mais significativa. Desta maneira, deve ser buscada a curricularização da pesquisa nos cursos do IFFar;
  • Parcerias e cooperações– Deve ser reforçada a criação de redes de parcerias e cooperação, tanto para a realização de atividades conjuntas de pesquisa, entre o IFFar e instituições nacionais e estrangeiras, quanto para oferta associada de cursos de pós-graduação, além da viabilização da captação de recursos externos para qualificação e ampliação das atividades de pesquisa e pós-graduação.

Com base nesses princípios, a pesquisa e a pós-graduação, no IFFar, desenvolvem-se a partir dos seguintes objetivos:
  • Promover a prática da pesquisa, de maneira a consolidá-la como indissociada do ensino e da extensão;
  • Desenvolver a curiosidade e o perfil investigativo dos estudantes, como forma de potencializar o pensamento crítico e autônomo;
  • Estimular as atividades criadoras e estender seus benefícios à comunidade, promovendo desenvolvimento tecnológico, social, econômico, cultural, político e ambiental;
  • Fornecer condições físicas, financeiras, materiais e humanas para o desenvolvimento da pesquisa e pós-graduação;
  • Consolidar a pesquisa em áreas que conduzam a programas de pós-graduação Stricto Sensu, garantindo a verticalização;
  • Difundir o conhecimento científico e tecnológico por meio de eventos e publicações científicas;
  • Estimular a pesquisa interinstitucional (nacional e internacional) e intercampi fortalecendo a parceria com entidades e órgãos financiadores;
  • Estimular o desenvolvimento de pesquisas aplicadas que resultem em soluções e inovações tecnológicas, preferencialmente, conectados à realidade local e regional;
  • Oferecer cursos de pós-graduação que proporcionem ao estudante o aprofundamento do conhecimento técnico-científico, a atualização e a inovação, visando conferir um nível de elevado padrão técnico, acadêmico e profissional;
  • Proporcionar a formação de recursos humanos aptos à pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico e à aplicação de conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação, para enfrentar questões práticas relacionadas à atuação profissional;
  • Fomentar a construção de redes de formação em nível de pós-graduação, por meio da oferta conjunta e associada de cursos e programas.


4.4.2.1 Organização das Atividades de Pesquisa e Pós-Graduação

A organização das atividades de pesquisa no IFFar pode ser melhor definida a partir de três conceitos estruturantes, conforme segue:
  • Projetos de pesquisa – As atividades de pesquisa são formalizadas e registradas na forma de projetos de pesquisa, com padrões institucionais seguindo as normas nacionais vigentes. Todo o projeto deve estar vinculado a um grupo de pesquisa.
  • Grupos de pesquisa – As pessoas envolvidas diretamente nas atividades de pesquisa (pesquisadores) são organizadas na forma de grupos de pesquisa. Os grupos, por sua vez, são estruturados em linhas de pesquisa, que agregam pesquisadores experientes e iniciantes, bem como estudantes de iniciação científica e tecnológica. Todos os grupos de pesquisa são chancelados junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
  • Financiamento – Um dos maiores desafios, o financiamento de projetos de pesquisa se dá de diferentes formas: (a) recursos institucionais para custeio das atividades de pesquisa, bem como manutenção e ampliação da infraestrutura de pesquisa; (b) bolsas institucionais de iniciação científica ou tecnológica para estudantes de ensino técnico e superior (graduação e pós-graduação); (c) bolsas de iniciação científica ou tecnológica para estudantes, financiadas por instituições ou agências de fomento à pesquisa (ex.: FAPERGS, CNPq, CAPES,etc); (d) recursos para custeio e apoio a projetos e bolsas de iniciação científica e tecnológica para estudantes, financiadas por entidades ou instituições parceiras, via fundação de apoio.

No tocante à oferta de cursos e programas de pós-graduação, a organização se dá de acordo com o nível de oferta:
  • Pós-Graduação lato sensu – Compreende cursos de especialização, constituídos por programas de estudo em níveis superiores aos estabelecidos para os cursos de graduação, sendo identificados pelas áreas do conhecimento a que se referem.
  • Pós-Graduação stricto sensu – Compreende cursos de mestrado e doutorado, preferencialmente profissionais, sendo esses níveis independentes e conclusivos.
  • Além da oferta de cursos de pós-graduação lato e stricto sensu, constituem-se como ações de pós-graduação a realização de parcerias e convênios institucionais para o desenvolvimento de programas de MINTER (Mestrados Interinstitucionais) e DINTER (Doutorados Interinstitucionais), visando a qualificação do corpo técnico e docente do IFFar com vista à promoção da pós-graduação Stricto Sensu da própria instituição.


4.4.2.2 Programas Institucionais de Pesquisa e Pós-Graduação

Os programas institucionais buscam viabilizar a realização das atividades de pesquisa e pós-graduação no âmbito do IFFar. São eles:
  • Programa Institucional de Iniciação Científica e Tecnológica – Visa à concessão de bolsas de iniciação científica e tecnológica aos estudantes de todos os níveis e modalidades que se vincularem à atividade de pesquisa do IFFar;
  • Programa Institucional de Apoio Financeiro a Projetos – Voltado para a concessão de recursos financeiros destinados à viabilização dos projetos de pesquisa, seja por meio de recursos para custeio das atividades ou para manutenção e/ou ampliação da infraestrutura de pesquisa;
  • Política Editorial Institucional – Destinada a organizar a divulgação do conhecimento produzido no âmbito do IFFar, seja pela publicação de livros ou demais manuscritos, bem como pela manutenção do portal institucional de periódicos (revista científica e boletim técnico) e demais ferramentas de divulgação do conhecimento técnico-científico;
  • Programa de Avaliação e Acompanhamento da Pós-Graduação – Busca o acompanhamento e avaliação permanente dos cursos e programas de pós-graduação do IFFar, visando à manutenção dos padrões de qualidade e excelência dessas ofertas.


4.4.2.3 Comitês Assessores da Pesquisa e Pós-Graduação

Dadas as características próprias da atividade de pesquisa, o IFFar conta com três comitês assessores, responsáveis por atividades específicas no escopo da avaliação e acompanhamento dos projetos e seus resultados.
  • Comitê Institucional de Pesquisa CIP – O Comitê Institucional de Pesquisa é responsável pela apreciação, juntamente com consultores ad hoc, de todos os projetos de pesquisa submetidos para cadastro na instituição, garantindo um elevado padrão de qualidade do projetos.
  • Comitê de Ética na Pesquisa – CEP – O Comitê de Ética na Pesquisa é responsável pela avaliação dos questionamentos éticos e legais relacionados ao desenvolvimento das pesquisas no âmbito do IFFar.
  • Comissão de Ética no Uso de Animais – CEUA – A Comissão de Ética no Uso de Animais é responsável pela avaliação de todos os projetos e/ou planos de aula que utilizem animais em atividades de ensino, pesquisa e extensão.


4.4.3 Políticas de Empreendedorismo e Inovação

De maneira a atuar mais diretamente no desenvolvimento econômico e social e na superação de desafios locais, o IFFar busca desenvolver ações voltadas ao empreendedorismo e a inovação articulados com os setores produtivos, sociais, culturais, educacionais, locais, etc. Traduzido dessa forma, o empreendedorismo ultrapassa os liames da busca do lucro e se transforma em mecanismo de superação da realidade, em consonância com o princípio do compromisso com a transformação social. Nesse sentido, o IFFar entende o que o empreendedorismo e a inovação são práticas importantes para a formação dos estudantes, buscando por meio da educação empreendedora uma dinâmica aproximada com os setores.

Para atender a essa concepção de empreendedorismo e inovação, o IFFar definiu os seguintes princípios:
  • Foco nas pessoas – Entende-se que as pessoas são os agentes transformadores da realidade. Por meio das ideias e do poder de ação dos estudantes, das demandas e contextos das comunidades, a aplicação dos conhecimentos adquiridos nos trajetos formativos será elemento de transformação social.
  • Solução de problemas – A proposição de soluções às demandas e problemas existentes no contexto da comunidade local e regional e o estímulo à ação frente à insatisfação com situações indesejadas faz com que os estudantes do IFFar sejam protagonistas do processo de mudança da realidade.
  • Experimentação e prática – A transformação da realidade e a geração de valor somente são possíveis por meio de ações concretas. Transformar ideias e conhecimentos em projetos e negócios, utilizando os espaços institucionais para prática e experimentação é elemento essencial para a formação do estudante empreendedor.
  • Parcerias estratégicas– Parcerias com os setores produtivos, sociais, culturais e educacionais locais para a busca de demandas, oferta de soluções e também de recursos para realização das atividades de empreendedorismo e inovação são essenciais. Parcerias com outras instituições de ensino nacionais e internacionais, visando a colaboração e trocas de experiências também são desejáveis.

Com base nesses princípios, o empreendedorismo e a inovação, no IFFar, são desenvolvidos a partir dos seguintes objetivos:
  • Estimular nos estudantes a autonomia e o senso empreendedor, na busca por soluções inovadoras para os problemas existentes, contribuindo para a disseminação da cultura do empreendedorismo inovador;
  • Incentivar a criação e a consolidação de ambientes de inovação, incluindo ecossistemas de inovação e mecanismos de geração de empreendimentos (empresas juniores, incubadoras e aceleradoras de empresas, espaços de coworking, laboratórios abertos de prototipagem, cooperativas, associações, etc.);
  • Contribuir para a ampliação da quantidade e a melhoria da qualidade das propostas de empreendimentos de base tecnológica ou social submetidas aos ambientes de empreendedorismo e inovação;
  • Incentivar a criação e o desenvolvimento de empresas de base tecnológica ou social em áreas e setores estratégicos para o desenvolvimento sustentável das regiões de abrangência do IFFar;
  • Estimular atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos em parceria com os diversos setores da sociedade nas comunidades de abrangência do IFFar, além da prestação de serviços tecnológicos, extensão tecnológica e transferência de tecnologia;
  • Incentivar o desenvolvimento de empreendimento de base solidária, fortalecendo a cultura do associativismo e cooperativismo nos estudantes.


4.4.3.1 Organização das Atividades de Empreendedorismo e Inovação

As atividades relacionadas ao empreendedorismo e à inovação no IFFar são bastante diversas, contemplando tanto o público interno quanto externo. São elas:
  • Empresas juniores – O IFFar, em sua política de desenvolvimento da cultura empreendedora, incentiva o desenvolvimento de empresas juniores. As empresas juniores devem constituir-se na forma associações civis, sem fins lucrativos e com finalidades educacionais, criadas, constituídas e geridas exclusivamente por alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação da instituição com a finalidade de realização de projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento acadêmico profissional dos associados, capacitando-os para o mundo do trabalho.
  • Incubadora de empresas– A incubadora de empresas do IFFar tem como finalidade estruturar o processo de incubação de empresas de base tecnológica e/ou social por meio do desenvolvimento da cultura empreendedora, estando também encarregada de apoiar empreendedores de base tecnológica e/ou social nas fases de pré-incubação, incubação e pós-incubação, propiciando ambiente e condições de funcionamento apropriado.
  • Desafio de empreendedorismo e inovação– Este desafio busca estimular nos estudantes a cultura do empreendedorismo inovador, por meio de uma jornada formativa continuada, desafios em grupo e mentorias. Visa inspirar, instigar e fomentar ideias de negócios e de produtos/serviços inovadores.
  • Cursos de pós-graduação em inovação – De maneira a oferecer continuidade aos estudos e oportunizar uma qualificação especializada de recursos humanos na área de inovação, o IFFar busca ofertar cursos de pós-graduação com foco na inovação e no empreendedorismo inovador.
  • Projetos de pesquisa aplicada e extensão em parceria com o setor produtivo – Diretamente associados às atividades de pesquisa, pós-graduação e extensão, devem ser realizados projetos em parceria com os setores produtivos, sociais, culturais, educacionais locais, com vista à geração de tecnologias e conhecimentos que atendam as demandas existentes, estimulando a geração de valor e a atuação direta dos estudantes na aplicação dos conhecimentos adquiridos.


4.4.3.2 Programas Institucionais de Empreendedorismo e Inovação

O IFFar conta com os seguintes Programas de apoio ao empreendedorismo e inovação:
  • Programa de incentivo à implantação de empresas juniores – Objetiva o apoio e financiamento de ações de implantação de empresas juniores nos campi do IFFar.
  • Programa de apoio à implantação de unidades de incubação nos campi – Busca oferecer recursos para a implantação de unidades incubadoras nos campi, vinculados à seleção de empreendimentos para a incubação interna no IFFar.
  • Programa de apoio a projetos de pesquisa aplicada e inovação – Fornece suporte a projetos de pesquisa científica e tecnológica aplicada ou de extensão tecnológica que contribuam significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico cooperados entre o IFFar e instituições parceiras demandantes, incentivando a aproximação do IFFar com o setor produtivo, gerando parcerias para o desenvolvimento de inovações em produtos ou processos além de inserir o estudante no âmbito da pesquisa aplicada e aproximá-lo ao setor gerador de demandas.


4.4.3.3 Comitês Assessores de Empreendedorismo e Inovação

Considerando-se algumas peculiaridades das atividades de empreendedorismo e inovação, o IFFar conta com dois comitês assessores nessa área:
  • Comitê Avaliador de Propriedade Intelectual – CAPI– Responsável pela análise do interesse institucional na proteção de direitos relativos à propriedade intelectual, considerando a viabilidade econômica e o benefício para a sociedade das criações intelectuais propostas, sendo composto por representantes de todas as pró-reitorias e do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia.
  • Comitê Gestor da Incubadora do Campus – CGIC­­– Responsável pela gestão das incubadoras dos campi do IFFar, sendo composto por representantes da gestão dos campi, do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia, das empresas incubadas e das entidades representativas do setor produtivo.


4.4.4 Órgãos Colegiados de Pesquisa, Pós-Graduação, Empreendedorismo, Inovação e Extensão

A gestão das atividades da pesquisa, pós-graduação, empreendedorismo, inovação e extensão no IFFar é assessorada pelo Comitê Assessor de Pesquisa, Extensão e Produção – CAPEP, o qual tem como finalidades:
  • Assessorar o planejamento, desenvolvimento e implementação de políticas de pesquisa, pós-graduação, inovação, internacionalização e extensão que viabilizem a operacionalização de atividades curriculares dos diversos níveis e modalidades da educação profissional e tecnológica, atendendo sempre aos princípios da legalidade e da eticidade, norteado pelo regimento geral e estatutário do Instituto Federal Farroupilha;
  • Planejar e dirigir de forma abrangente o conjunto complexo de gestão da pesquisa, da pós-graduação e da inovação, por intermédio da prática efetiva da administração democrática, por meio da construção coletiva de planos, ações e mecanismos de trabalho em favor da concretização dos objetivos da instituição e dos sujeitos, bem como promover ações que garantam a articulação entre a pesquisa e a pós-graduação, o empreendedorismo e a inovação, o ensino e a extensão;
  • Garantir que a gestão democrática se realize como um processo político, por meio do qual as pessoas discutem, deliberam, planejam, solucionam problemas, assim como encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto de ações voltadas ao desenvolvimento da pesquisa, pós-graduação, empreendedorismo, inovação e extensão no IFFar, conforme as diretrizes institucionais e legislação vigentes.
Ultima edição: 5 anos 9 meses atrás por Moderador PDI.

Por favor Acessar ou Registrar para participar da conversa.

  • RENATA ROTTA
5 anos 9 meses atrás #93 por RENATA ROTTA
Por favor, faça o login para ver as respostas

Por favor Acessar ou Registrar para participar da conversa.

Moderadores: Moderador PDI
Tempo para a criação da página:0.191 segundos
Fim do conteúdo da página

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha
Alameda Santiago do Chile, 195 - Nossa Sra. das Dores - CEP 97050-685 - Santa Maria - Rio Grande do Sul. Telefone: (55) 3218-9800