Na quarta-feira, 18 de setembro, o Campus Frederico Westphalen do Instituto Federal Farroupilha (IFFar-FW) participou do evento em comemoração ao Dia da Árvore, promovido pela Creluz. A cerimônia ocorreu na Fundaluz, no município de Pinhal (RS), e marcou o lançamento do projeto de extensão “Reestabelecimento dos Meios de Vida dos Povos Originários da Terra Indígena Rio dos Índios”, de Vicente Dutra (RS).

O projeto tem dois objetivos principais. Primeiramente, visa reconstituir parte das florestas que originalmente cobriam a Terra Indígena (TI) Rio dos Índios. Recentemente homologada pelo governo federal, a TI passou por um longo período em que seu território foi amplamente utilizado para a agricultura, resultando na derrubada de grande parte das florestas nativas. O projeto busca reverter esse quadro, promovendo a recuperação das áreas degradadas.

O segundo objetivo é a construção de quintais alimentares agroflorestais próximos às residências dos indígenas, garantindo uma alimentação rica e diversificada para a comunidade. Dessa forma, espera-se contribuir para a segurança alimentar e a preservação da natureza na região, além de fortalecer a reprodução social dos Kaingang de Rio dos Índios.

O projeto conta com financiamento do governo federal, por meio do Ministério dos Povos Indígenas, e é realizado em parceria com o IFFar-FW, UFSM-FW, Emater-RS, Cooperbio e Creluz. A Creluz, por meio de seu Horto-Florestal, fornecerá mudas de árvores nativas para serem plantadas na Terra Indígena.

Durante o evento, o professor José Eduardo Gubert (IFFar-FW) apresentou o projeto, destacando a importância da restauração florestal e do fortalecimento dos quintais agroflorestais. O cacique Luiz Salvador, da comunidade Kaingang, também discursou, reforçando que a reconstrução da floresta é um investimento no futuro socioambiental tanto das populações indígenas quanto das não-indígenas.

Ao final da cerimônia, a comitiva indígena de Rio dos Índios retornou ao território com mais de duzentas mudas de árvores nativas, incluindo cem mudas de araucária (fág), árvore sagrada para os Kaingang.