Egressas das Ciências Biológicas aprovadas no Programa de Pós-Graduação em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Ivana vai cursar o doutorado e Rayssa o mestrado no INPA
Duas egressas do curso de Ciências Biológicas do Campus Júlio de Castilhos vão estudar no INPA. O programa foi criado em 1976, sendo o mais antigo do Brasil em Ecologia e é um dos melhores programas de pós-graduação com conceito 7 da CAPES. Rayssa Tormes do Amarante foi aprovada para o mestrado e Ivana Cardoso para o doutorado. Ambas começaram os estudos no INPA no primeiro semestre de 2023.
Confira abaixo a trajetória da Ivana e da Rayssa
Ivana é formada em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) - Campus Júlio de Castilhos desde 2019. Ela ingressou no curso em 2015 e trancou o curso por um semestre em 2016 para participar na coleta de dados do doutorado do professor Anderson Saldanha Bueno na Usina Hidrelétrica de Balbina (AM). Lá aprendeu a coletar, tabular, analisar dados e manusear aves. Em seu retorno ai IFFar desenvolveu dois projetos de pesquisa, ambos sem apoio financeiro. Apresentou um deles no Ornithological Congress of the Americas na Argentina e outro no XXVI Congresso Brasileiro de Ornitologia, no qual foi agracida com o prêmio de melhor comunicação oral de estudante de graduação. Foi monitora de disciplinas da área de Ciências Biológicas para as turmas de graduação. Ela também foi bolsista do Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (Life), participando do projeto de extensão “Utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação”.
Quando a estudante concluiu a graduação foi aprovada no mestrado Ecologia e Conservação da Biodiversidade da Universidade Estadual de Santa Cruz (PPGECB/UESC). Durante o mestrado pesquisou a influência de características locais e de paisagem sobre três dimensões da diversidade (taxonômica, funcional e filogenética) de aves em plantações de eucalipto inseridas em diferentes contextos de paisagem e recebeu bolsa de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). A pesquisa foi publicada na Landscape Ecology, uma revista científica A1. Além disso, durante o trabalho de campo treinou a Rayssa para o uso de redes de neblina, manuseio e anilhamento de aves.
Em fevereiro deste ano, Ivana foi aprovada no doutorado em Ecologia no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), desde então recebe bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e vai pesquisar sobre os impactos espaciais e temporais da inundação da floresta sobre a biodiversidade.
“Trabalhar com pesquisa me faz muito feliz e vejo no doutorado uma oportunidade para continuar esse trabalho, contribuindo para o desenvolvimento da pesquisa no país e para a conservação de aves. Conheci o INPA em 2016, na minha primeira viagem ao Amazonas durante o trabalho do professor Anderson, e o ambiente de pesquisa vibrante e motivador ficou gravado na minha memória, despertando em mim a vontade de pertencer a ele”, destaca Ivana.
Rayssa ingressou na graduação em Ciências Biológicas com apenas 17 anos e muitas dúvidas sobre o que queria para o futuro. A participação no Programa de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) por um ano, permitiu que ela compreendesse melhor as atribuições que teria ao me formar em Ciências Biológicas. A partir da participação no PIBID, percebeu que a graduação era apenas o início de um processo contínuo de formação profissional, além de que sempre ouvia do meu pai, que investir em estudo nunca é demais.
Participou durante dois (2) anos e meio, de forma voluntária, do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica NEA Arapuá, que é um dos poucos grupos na Instituição que trabalha com ações de pesquisa e extensão e foi durante esse período que descobriu o interesse pela pesquisa.
Uma viagem de estudos para a Floresta Nacional de Passo Fundo foi apresentada técnicas de amostragem para pesquisa em grupos biológicos, como plantas, invertebrados e aves por estudantes da especialização em Biodiversidade e Conservação do campus Panambi, pós que ela fez com a orientação do professor Anderson Bueno. O projeto foi desenvolvido na Floresta Nacional de Passo Fundo, RS (Flona-PF) e teve como objetivo principal compreender como a estrutura da comunidade de aves do sub-bosque é afetada em diferentes tipos de floresta, tanto natural quanto plantada.
No início de 2023, Rayssa foi aprovada no mestrado em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia com bolsa. O intuito inicial é investigar como a partição de recursos entre as espécies de aves do sub-bosque em ilhas florestais artificiais é afetada pelas características da ilha (como área e isolamento) e da paisagem (como cobertura florestal e número de fragmentos).
“Foi graças ao Instituto Federal Farroupilha que eu pude vislumbrar o caminho até aqui. A instituição me proporcionou uma formação inicial de qualidade, que me abriu muitas oportunidades, geraram experiências fundamentais para que eu pudesse chegar até o mestrado em Ecologia do INPA”, afirma Rayssa.
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