74 anos da Escola João da Maia Braga é comemorado com aula inaugural da EJA/EPT
Tecendo a teia da vida foi o tema da fala de Edinara Leão, na última quarta-feira (24/04)
Na noite da quarta-feira (24) aconteceu a aula inaugural “Tecendo a vida” com a professora e artista Edinara Leão. Estiveram presentes a pró-reitora de ensino do IFFar, Patrícia Donitch, a coordenadora pedagógica da EJA da Secretaria de Educação, professora Maria Cristina Iop, a vereadora Luci Duarte “tia da moto”, a coordenadora da EJA no IFFar, Cleia Tonin, a diretora de ensino Silvia Montagner, representando a direção geral do campus Júlio de Castilhos e a diretora da escola João da Maia Braga, Lozecler Moro.
Lozecler deu início às falas, ressaltando o quanto a escola valoriza a educação em seus 74 anos de existência e agradeceu a prefeitura e ao IFFar pela parceria, enfatizando a importância dos/as professores/as e estudantes. Na sequência, Sílvia disse ser uma honra estar ali pelo segundo ano consecutivo, lembrando que neste ano, a segunda turma de assistente administrativo teve início. “Persistam, venham para a escola de segunda a sexta, aproveitem que tem uma equipe grande e qualificada para atender vocês”, finalizou.
Cleia destacou estar feliz com a sala cheia e fez uma saudação especial aos/as alunos/as. Após fez um apanhado dos números da EJA no IFFar: são 11 municípios para que mais pessoas tenham um ensino de qualidade e as parcerias são essenciais. “Não desista, porque vocês estão sendo privilegiados por terem essa oportunidade de estudo, já que são 60 milhões de brasileiros/as que não concluíram o ensino médio”, disse a professora.
A pró-reitora falou da importância do apoio das escolas para abrir os cursos. Depois se dirigiu diretamente aos/as estudantes “vocês que não conseguiram estudar na idade ideal, mas tiveram a oportunidade de voltar e agora vão sair com o ensino fundamental e uma formação técnica; a educação abre portas e deve proporcionar uma colocação melhor no mundo do trabalho” enunciou Patrícia. Ela finalizou desejando que tenham um excelente curso. Em seguida, foi a vez da vereadora Luci se pronunciar. Ela destacou que todos estavam ali pelos/as alunos/as e eram inúmeras pessoas trabalhando por eles/as e relembrou que também estudou à noite e sabe das dificuldades, além disso é professora há 37 anos e está disponível para ajudá-los/as no que for necessário. Finalizou enunciando que “sonho que se sonha só, é apenas um sonho; mas sonha que se sonha junto vira realidade”.
Cristina lembrou que a EJA já existe há bastante tempo, mas nesse formato era um sonho, que demorou a sair do papel. Mas agora é uma realidade, em 2023 formamos 99 estudantes e recebemos feedbacks de alunos/as que foram promovidos/as ou arrumaram um emprego ou empreenderam. “São muitas pessoas aqui na escola, na prefeitura e no IFFar trabalhando por cada um de vocês, para que se qualifiquem” disse a professora que fechou falando que a escola João da Maia Braga é destaque, pois tem uma aluna que representa a EJA do município no fórum estadual da EJA e vai para um encontro nacional, representando o estado: Eliliane.
Eliliane se apresentou contando que tem 41 anos, é mãe de três (3) filhos e parou de estudar aos 13 anos. Ela disse que voltou agora por insistência da professora Tereza. “O dia a dia não é fácil, tem trabalho, tem filho; mas vocês qu são mais jovens continuem porque aqui é o nosso futuro. Se a gente tem sonhos consegue alcançar! Não desista, lute pelos seus sonhos, é aqui que começa.” falou a estudante.
Por fim, chegou a vez de Edinara falar aos presentes. Ela iniciou falando que gosta muito do que faz e faz tudo de uma forma criativa, com entusiasmo. Colocou a música Alma, de Zélia Duncan para tocar e questionou como eles/as viam sua alma. As respostas apontaram para o lado positivo que vemos em nós mesmos, mas também das nossas sombras. Edinara continuou falando de sua experiência trabalhando com alunos/as do noturno, de como é diferente quando os/as estudantes são também trabalhadores/as e contou de quando propôs uma semana literária, eles/as fizeram, mas do seu jeito, alterando completamente a proposta inicial.
A professora continuou sua conversa discorrendo que é feliz aquele que desistiu de mudar os outros e investe seu tempo lapidando a si mesmo. Edinara pediu que cada um observe suas ações, pois o que me machuca também fere o outro, mas como reagimos ao que acontece conosco é mais importante que o que realmente aconteceu. “Somos seres complexos, que não podemos ser rotulados! Não aceitem que chamem de uma coisa só! Quem somos nós?” falou a artista, que finalizou mostrando frases famosas de filósofos definindo quem é o homem.
Finalizando a noite, os/as presentes desfrutaram um jantar e um bolo em comemoração aos 74 anos da escola.
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Texto e imagens: Cadiani Lanes Garcez
Assessoria de Comunicação do IFFar – Campus Júlio de Castilhos
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