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20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra: reflexão e nota de repúdio

Publicado em Sexta, 20 de Novembro de 2020, 21h26 | por Ascom Panambi | Voltar à página anterior

Hoje, 20 de novembro, mais um dia normal na vida de cada um.

Um dia de trabalhar.

Um dia de estudar.

Um dia de amar.

Um dia de comprar.

Um dia de descansar.

Um dia de viajar.

Um dia de fazer muitas coisas...

Roteiro este que poderia servir ao cotidiano de cada uma. Porém, não é bem assim!

Nossa história, infelizmente, produziu distorções que colocam pessoas em lugares distintos. Uma história cruel que insiste em colocar pessoas em lados opostos, como se diferenças e desigualdades fossem a mesma coisa, como se ambas fossem uma decorrência natural. Infelizmente, os dados estatísticos provam que o trabalhar e o descansar não cabe a todos, igualmente, em tempos e valor.

Isto se repete em quase tudo. No estudar, alguns podem, outros não. Para alguns poucos é busca de postos de trabalho privilegiados. Para outros, é letramento e instrumentalização para o trabalho.

Para alguns cabe o descanso, o viajar, o curtir a vida, o lazer. Para outros, muitos outros, cabe uma jornada de trabalho exaustiva e mal paga. Pior! Para tantos ainda nem isso lhes cabe, pois na busca de trabalho esbarra-se numa estrutura que para seu matiz de epiderme as portas se fecham.

Neste dia 20 de novembro, dedicado à luta da igualdade étnico-racial, o NEABI – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, do Instituto Federal Farroupilha - Campus Panambi, vem a público trazer uma NOTA DE REPÚDIO à morte violenta, violente, cruel de João Alberto Ferreira Freitas, morto em Porto Alegre no dia de ontem (19 de novembro de 2020), por seguranças de um supermercado.

Da mesma forma, fica o repúdio ao que foi dito hoje (Estarrecedor, nesta data mesmo!!!), pelo vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão, de que “no Brasil não existe racismo”. O que é então uma estrutura de sociedade brasileira que se reforça nas desigualdades, em destaque aos negros, pardos, afro-brasileiros (“de cor”, nas palavras de Mourão), que se tornam estatísticas em registros policiais.

Tempos modernos que nos remetem ao modelo da escravidão, onde a naturalidade da violência criminal era obrigada a ser assistida pelos demais negros para servir de “regra”. A animalização e a tortura continuam sendo assistidas e gravadas, inclusive por funcionários do próprio supermercado, como uma cena de passeio dominical pelo zoológico.

Precisamos reconstruir nossa sociedade! Nunca é demais retornarmos às palavras reflexivas de Nelson Mandela:

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar elas podem ser ensinadas a amar”

Precisamos aprender a amar!

NEABI- IFFar – Campus Panambi

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