Relatório mostra número de servidores em grupo de risco da Covid-19
O Comitê Institucional de Emergência do IFFar (CIE) realizou a 16ª reunião na última sexta-feira (10). Entre as pautas da reunião estavam relatórios que mostram números de servidores pertencentes a grupos de risco da Covid-19 e em coabitação com grupos de risco, e um mapa de mobilidade dos servidores e estudantes do IFFar. O Comitê também discutiu a possibilidade da retomada das atividades não presenciais.
A pró-reitora de Desenvolvimento Institucional do IFFar, Nídia Heringer, apresentou o relatório de servidores pertencentes a grupos de risco e autodeclarados em coabitação com grupos de risco da Covid-19 durante a reunião do CIE. De acordo com o documento, 166 servidores do IFFar pertencem aos grupos de risco da Covid-19, o que equivale a 11,01% do total de servidores da instituição. Além disso, outros 224 servidores - 14,85% do total - declararam que moram com pessoas pertencentes aos grupos de risco.
De acordo com a reitora do IFFar, Carla Comerlato Jardim, os números mostram que cerca de 25% dos servidores do IFFar não poderiam realizar suas atividades presencialmente em caso de retorno.
São considerados pertencentes a grupos de risco da Covid-19 pessoas de 60 anos ou mais, imunodeficientes ou com doenças crônicas e grávidas ou lactantes (até 180 dias após o parto).
Nídia Heringer também apresentou outro estudo que mostra a mobilidade intermunicipal dos servidores e estudantes do IFFar, considerando os municípios onde residem e os municípios onde trabalham ou estudam durante o período de realização de atividades presenciais.
O documento mostra que os estudantes do IFFar residem em 263 municípios. Considerando que o Instituto Federal Farroupilha tem campus em 10 cidades, o total de deslocamentos diários entre os estudantes chegava a 4604. Cerca de 26,85% dos servidores do IFFar também realizavam deslocamentos intermunicipais diários ou semanais para ir até o trabalho.
Atividades acadêmicas não presenciais podem retornar em agosto; presenciais apenas no ano que vem
O Comitê Institucional de Emergência do IFFar também discutiu sobre a possível retomada das atividades acadêmicas não presenciais. De acordo com a reitora do IFFar, Carla Jardim, a instituição realiza um estudo para apoiar o possível retorno. O estudo considera questões como empréstimo de equipamentos aos estudantes para facilitar o acesso remoto e aporte de recursos do Ministério da Educação para viabilizar conectividade às instituições. O estudo deve ser finalizado e apresentado nos próximos dias.
A reitora também manifestou preocupação com a possibilidade de estudantes do IFFar evadirem para instituições estaduais, que já retomaram as atividades acadêmicas. Levando em conta estas questões, o calendário acadêmico pode ser retomado no mês de agosto. A decisão, contudo, cabe ao Conselho Superior do IFFar.
Sobre as atividades acadêmicas e administrativas presenciais, Carla Jardim falou da possibilidade de estas serem retomadas apenas em 2021. A previsão considera dados que apontam a região sul como um dos picos de registros de casos de Covid-19 no Brasil, a rigorosidade do inverno, que pode ter um efeito sobre o espalhamento da doença, e previsões da Organização Mundial da Saúde que apontam que o abandono do distanciamento social pode ser seguro apenas quando tivermos uma vacina para a Covid-19.
Carla Jardim disse que a possível manutenção das atividades administrativas e acadêmicas não presenciais até 31 de dezembro tem prerrogativa legal na Portaria nº 544/2020 do Ministério da Educação e que levaria em conta, principalmente, o princípio da preservação da vida de toda a comunidade acadêmica.
A 16ª reunião do CIE também discutiu outros assuntos, como a formação docente para atuação nas atividades acadêmicas não presenciais e a realização de estágios durante este período. A reunião pode ser assistida na íntegra no canal da WebTV do IFFar no Youtube.
Reprodução: Secom/Reitoria
Redes Sociais