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Notícias Santo Augusto

Heranças Educativas do Analfabetismo de Mulheres

Publicado em Quarta, 29 de Abril de 2020, 01h20 | por Ascom Santo Augusto | Voltar à página anterior

A professora do IFFar – Campus Santo Augusto, Dra. Marileia Gollo de Moraes, que lançaria no dia 23 de março o seu livro “Heranças educativas do analfabetismo de mulheres”, teve que cancelar o evento em virtude da suspensão das atividades presenciais do IFFar por causa da pandemia de Covid 19. O livro é fruto da tese de doutorado da professora, defendida em maio de 2018 pelo pelo Doutorado em Educação da UNIJUI, sob orientação da professora Dra. Maria Simone Vione Schwengber.

Devido a impossibilidade do lançamento presencial, a obra foi lançada diretamente no site da editora Appris (https://www.editoraappris.com.br/produto/3669-heranas-educativas-do-analfabetismo-de-mulheres) onde está disponível desde o início do mês para aquisição.

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A obra tematiza uma questão pouco lembrada ou não atrelada quando se trata do analfabetismo. Os estudos sobre o analfabetismo abordam-no como uma questão do sujeito que possui essa condição, como uma aquisição sua, mas não tratam da transmissão ou das implicações intergeracionais, do antes e do depois do vivido pelo analfabeto que possui significado importante que precisa ser compreendido no todo da história das pessoas, dos grupos, das famílias, das comunidades.

Marileia explica que o livro traz uma investigação do analfabetismo como herança familiar, social, econômica, política e cultural problematizando as constatações recorrentes de que os índices de analfabetismo retratam a dívida educacional brasileira pela desigualdade no acesso à escolarização pelas diferentes gerações e estratos de renda, utilizando termos que remetem a necessidade de “tratamento”, “reparos”, “cura” ou “erradicação". “Se há o desejo de um movimento de transição e de novas configurações dessa herança educativa, há de se produzir novos discursos”, destaca Marileia.

Para a autora o livro coloca em evidência outras dimensões da “dívida educacional”, além do recorte de geração e classe social: tempo histórico, gênero e cor/etnia. “Analisa como as mulheres, pouco ou não escolarizadas, que se declaram analfabetas, se inscrevem e inscrevem suas heranças no contexto da sociedade grafocêntrica. Compreende o que se aproxima e o que se distancia na trajetória de vida dessas mulheres em relação à educação de suas filhas. Discute as heranças do analfabetismo de mulheres e a reconfiguração dessas heranças pelas suas filhas. As filhas herdeiras responderam de formas diversas ao movimento empreendido pelas mães na inscrição de suas heranças educativas. Movimento esse de “dar às filhas a escolarização que não tiveram” e por outro lado, a delegação das heranças educativas “a gente cria, e pensa agora é contigo”. Porém, há elementos que identificam e posicionam as filhas que são: o “não mais” analfabetas e o “ainda não” plenamente escolarizadas pautando o quanto as heranças educativas do analfabetismo, ainda, afrontam diversas gerações familiares das classes populares”, explica Marileia.

 

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