Grêmio Estudantil e Nugedis promovem roda de conversa alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes
O Grêmio Estudantil Bertha Lutz e o Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual – Nugedis, promoveram na manhã desta sexta-feira, 19 de maio, no auditório do IFFar – Campus Santo Augusto, uma Roda de Conversa, voltada para os estudantes dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, alusiva ao dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.
A atividade contou com a participação online da Coordenadora de Ações Afirmativas do IFFar e professora de Direito do Campus São Borja, Drª Aline Adams, que apresentou o tema para os estudantes, e do professor de Direito do Campus Santo Augusto, Leonardo da Cunha Kurtz, que conduziu o debate.
A professora Aline iniciou sua fala explicando para os estudantes a origem do dia 18 de maio, estabelecido como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, com o objetivo de mobilizar a sociedade brasileira e convocá-la para o engajamento contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes. A data foi instituída em 2000 pelo projeto de lei 9970/00. A escolha se deve ao homicídio da menina Araceli, que aos oito anos foi drogada, estuprada e morta por jovens de classe média alta, no dia 18 de maio de 1973, em Vitória (ES). Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje permanece impune.
Aline também apresentou números sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil, falou sobre os diferentes tipos de violência sexual e crimes sexuais, também destacou formas de prevenir que aconteçam abusos, como acolher uma vítima de violência sexual e como uma vítima deve proceder. “Precisamos entender que este tipo de violência ocorre em todos os espaços e o agressor pode ser aquela pessoa gentil do nosso cotidiano. A culpa nunca é da vítima. Não há roupa ou qualquer ação praticada por alguém, que pode dar razão para que seja vítima de violência sexual”.
Segundo a presidente do Nugedis, professora Clarinês Hames, o Núcleo entende ser de extrema importância discutir essa temática com os adolescentes. "É preciso refletir sobre a cultura patriarcal que contribui para o abuso sexual e o estupro. Essa cultura precisa ser modificada. E isso vai acontecer mais facilmente se falarmos sobre isso, de modo qualificado", destaca a professora.
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