Missionária relata experiência com os refugiados da guerra da Síria na Europa
Na manhã do último sábado, dia 25 de março, o IFFar – Campus Santo Augusto recebeu a missionária da JOCUM (Jovens com uma missão), Lucineia Santos, que veio até a instituição relatar para alunos e servidores sua experiência no início deste ano com os refugiados da Guerra da Síria, na Grécia e na Turquia. A atividade foi desenvolvida com o apoio da Direção de Ensino, pelos professores Maira Pizolotto e Dirceu Dirk, responsáveis pelas disciplinas de Gestão, Economia e Projetos e História.
Para tornar-se missionária da JOCUM, Lucineia, que é natural de Chapadão do Sul/MS, mas reside em Campinas/SP, estudou na ETED - Escola de Treinamento e Discipulado para missões da University of the Nations-YWAM e logo em seguida iniciou seus trabalhos na organização auxiliando ribeirinhos no interior no Pará, depois na tragédia de Mariana e em guetos de São Paulo.
A JOCUM é uma missão internacional e interdenominacional, empenhada na mobilização de jovens de todas as nações para a obra missionária, que reconhece a bíblia como a palavra de Deus, mas que é aberta a todos as pessoas que tenham vontade de ajudar, independentemente da sua religião.
Na Grécia, a missionária trabalhou no acolhimento dos refugiados que chegavam à praia. “Muitos chegam debilitados e acabam falecendo, e os que sobrevivem estão apenas começando a sua jornada. Em um primeiro estágio, eles recebem um novo par de roupas, e alimento, para recuperar as energias. Posteriormente são levados a uma espécie de pavilhão, onde podem ficar até 30 dias, mas as diferenças culturais e a superlotação gera muitos desentendimentos. Todo o trabalho é feito por voluntários, desde a recepção dos refugiados até a triagem, e o único interesse da Grécia em receber os refugiados é a verba que o país ganha da União Europeia. A maioria dos refugiados depois vão para a Turquia, onde é permitido pedir esmolas”.
Para setembro, Lucineia tem a expectativa de fazer outra viagem humanitária pela JOCUM, porém o local ainda não está definido. Enquanto aguarda, está dando palestras sobre a sua viagem. Já realizou algumas em Chapadão do Sul e Campinas, agora vai em mais algumas cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e depois vai para o Rio Grande do Norte.
Segundo a professora Soni de Moura, o relato de experiência de Lucineia foi emocionante e rendeu lágrimas, reflexão e tomada de atitude: “o que era para ser mais uma manhã de trabalho, tornou-se um momento ímpar de reflexão sobre o quanto somos privilegiados por termos fome porque estamos de dieta, frio por causa do ar condicionado ou cansaço por causa de horas na academia ou depois de uma semana intensa de trabalho”.
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