Alunos dos cursos técnicos debatem o filme “Que Horas Ela Volta?”
Na sexta-feira, dia 30 de março, os alunos do IFFar – Campus Santo Augusto assistiram o filme dirigido e escrito pela cineasta Anna Muylaert. O filme lançado em 2015, trata dos conflitos que acontecem entre uma empregada doméstica do Brasil e seus patrões de classe média, criticando as desigualdades da sociedade brasileira.
No filme Regina Casé interpreta Val, uma Pernambucana que migra para o Sul, deixando sua filha Jéssica aos cuidados do avô. Em São Paulo, Val encontra um emprego como babá e empregada doméstica em uma casa de família de classe alta, onde cuida do filho de seus patrões, Fabinho. Após mais de uma década de trabalho, Val é considerada “quase da família”, mas ela ainda faz as suas refeições em uma mesa separada, dorme no quartinho dos fundos e jamais colocou os pés na piscina da casa. A chegada de Jéssica (Camila Márdila), filha de Val, à casa dos patrões, na intenção de se preparar para o vestibular, muda os rumos da história.
Após a exibição, a professora Claudia Alves dos Santos, juntamente com a professora Téoura Benetti, promoveram um debate sobre as questões tratadas no filme, como a migração dos nordestinos para o Sul e as relações entre patrão e empregado no Brasil, principalmente o trabalhador doméstico que até 2015, com a aprovação da PEC das Domésticas, não tinha direitos trabalhistas garantidos.
A professora Stéphane Dias trouxe informações sobre a recepção do filme no Exterior, mais especificamente sobre comentários de expetadores alemães acerca do enredo e da produção. Segundo esses comentários, o filme seria surreal ao retratar uma relação impensável na Alemanha, em que alguém fora do círculo familiar mora na sua casa para realizar as tarefas que a própria família poderia dar conta de realizar.
As alunas Andressa Boni e Jessica Silva, do 3º ano do curso técnico em Administração, ajudaram no debate, apresentando alguns dados sobre as relações de trabalho e a PEC das Domésticas.
“Que Horas Ela Volta?” estreou no início de 2015, no Festival de Sundance, em Utah nos Estados Unidos, e também foi lançado em mais sete países da Europa, somente depois dessas estreias, foi lançado no Brasil em 27 de agosto de 2015. Em dezembro do mesmo ano, foi eleito um dos cinco melhores filmes estrangeiros do ano pela organização norte-americana, National Board of Review, e eleito o melhor filme do ano no Brasil, entrando na lista dos 100 melhores filmes brasileiros segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).
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