Pesquisa analisa o mercado de trabalho em Santo Augusto
O projeto “Pesquisa de Opinião como Ferramenta de Gestão”, realizado pelos professores do Eixo de Gestão e Negócios do IFFar – Campus Santo Augusto e coordenado pela Professora Ms. Maira Fátima Pizolotto, contemplou mais uma etapa, desta vez, investigando o mercado de trabalho e as relações de trabalho no município de Santo Augusto.
Esta atividade do projeto de pesquisa foi orientada pelas professoras da área de Gestão de Pessoas dos cursos Técnico e Bacharelado em Administração, Maira Fátima Pizolotto e Lizandra Forgiarini Lucca e teve o apoio dos alunos voluntários do curso Técnico em Administração: Andressa Boni, Aldineo Sperotto, Talia Hornung, Thais Dutra e João Victor Oliveira.
A pesquisa foi aplicada no mês de novembro de 2017, para uma amostra de 104 estudantes de cursos noturnos das instituições de ensino de Santo Augusto: IFFar (53%), Escola Estadual de Ensino Médio Santo Augusto (29%) e FAISA (18%).
Destes 104 estudantes, 45 estão cursando ensino superior no IFFar, 19 estão cursando ensino superior na FAISA, 30 estão cursando ensino médio na Escola Estadual Ensino Médio Santo Augusto e 10 estão cursando o Proeja no IFFar. O gênero predominante nos entrevistados foi o feminino (55%), a faixa etária entre 15 a 26 anos (83%) e o estado civil solteiro (79%).
Dos 104 estudantes entrevistados 70 encontram-se empregados (67%) enquanto que 34 estão desempregados no momento. Ainda foi possível constatar no grupo dos 70 empregados que:
- Apenas 64% com vínculo formal de trabalho (carteira assinada).
- 77% já tiveram entre um e três empregos anteriores e 7% estão em seu primeiro emprego.
- A maioria (36%) está no atual emprego a menos de 1 ano e 33% a mais de 3 anos.
- 42% trabalham no setor de serviços, 40% no comércio, 9% na indústria e 9% na agricultura.
- 74% estão satisfeitos com o trabalho, enquanto 23% pretendem mudar logo de emprego.
- 36% já trabalharam em outra cidade.
Do total de entrevistados 88% consideram difícil arranjar emprego na cidade de Santo Augusto. Entretanto, após concluir o curso que estão fazendo, a metade da amostra (52) pretende continuar em busca de oportunidades aqui no município.
Para a professora Lizandra, este tipo de pesquisa contribui muito na análise do mercado de trabalho do município. “Quando se pensou no público alvo da pesquisa optou-se por jovens estudantes de cursos noturnos e que geralmente necessitam trabalhar durante o dia. Levou-se em consideração, também, o momento de crise política e econômica na qual o país se encontra, uma vez que são os jovens que sofrem as maiores consequências em sua vida profissional. Fato é, que 88% se deparam com dificuldades de conseguir um trabalho na cidade o que leva 50% dos entrevistados decidir migrar para maiores centros onde, teoricamente, há mais chances de crescimento profissional após a conclusão do curso. Essa migração é característica de cidades pequenas, o que nos trás algumas preocupações, mas ao mesmo tempo, nos instiga a pensar e traçar ações de desenvolvimento para a cidade visando à permanência dos jovens profissionais na região”, explica a professora.
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