Projeto busca reconhecimento de geoparque na região central
Parceria entre IFFar, UFSM e municípios trata de área geográfica que abrange as cidades de Jaguari, Mata, Nova Esperança do Sul, São Francisco de Assis, São Pedro do Sul e São Vicente do Sul.
Nesta quinta-feira (14), a reitoria do Instituto Federal Farroupilha sediou um encontro entre dirigentes do IFFar, da UFSM e de prefeituras municipais para discutir o projeto de reconhecimento de um Geoparque Mundial da Unesco na região central do estado. O objetivo é trazer visibilidade aos territórios e fomentar o turismo sustentável na área geográfica que abrange Jaguari, Mata, Nova Esperança do Sul, São Francisco de Assis, São Pedro do Sul e São Vicente do Sul.
Esta foi a primeira reunião presencial da iniciativa, que deve se consolidar nos próximos anos. A reitora do IFFar, Nídia Heringer, destacou a importância da articulação entre os municípios e instituições de ensino para que o projeto nasça, seja aprovado e para que traga benefícios para as comunidades no futuro. Para o reitor da UFSM, Paulo Burmann, o propósito do geoparque está alinhado aos objetivos da Agenda 2030 - um plano de ação global para promover o desenvolvimento sustentável.
Conforme a pró-reitora de extensão do IFFar, Angela Marinho, coordenadora da reunião, o geoparque é “uma temática para muitos”, uma ideia coletiva com grande potencial de desenvolvimento humano e sustentabilidade para a região. Na fase atual, discutem-se os trâmites para efetivar um consórcio para que o projeto avance. Em dezembro, será realizado um seminário, com local ainda a definir, para apresentar a proposta para a comunidade. Além disso, um nome para o geoparque deve ser definido ainda em 2021.
Geoparques da Unesco no Brasil e no mundo
Geoparque é um conceito definido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para áreas geográficas unificadas de relevância geológica internacional, que tenham uma estratégia social e ambiental de desenvolvimento responsável. O professor do Departamento de Geociências da UFSM, André Borba, explica que para que uma localidade seja reconhecida como geoparque, além do potencial geológico e geomorfológico, é preciso atingir alguns objetivos propostos pela Unesco, que envolvem educação, melhorias no setor do turismo, conservação do patrimônio, geração de trabalho e renda, entre outros.
Atualmente, existem 127 geoparques da Unesco em 35 países. No Brasil, o único é o Parque Nacional do Araripe, no Ceará, gerenciado pela Universidade Estadual do Cariri. Na Região Central do Rio Grande do Sul, duas áreas são aspirantes ao reconhecimento: a Quarta Colônia e Caçapava do Sul.
Equipe - do IFFar, participaram da reunião de trabalho a reitora, Nídia Heringer, a pró-reitora de Extensão, Angela Marinho, os diretores gerais de campus Deivid Dutra de Oliveira (São Vicente do Sul) e Ricardo Rodrigues (Jaguari) e o procurador federal, Milton Guilherme Pfitscher. Representaram a UFSM o reitor, Paulo Burmann, o pró-reitor de extensão, Flavi Ferreira Lisboa Filho, e o professor André Borba, do Departamento de Geociências. Dos municípios da região, estavam presentes os prefeitos de São Pedro do Sul, Ziania Bolzan; de Mata, Rogerio Kunh; de São Vicente do Sul, Fernando Pahim; de Jaguari, Beto Turchiello; e o vice-prefeito de São Francisco de Assis, Jeremias Oliveira.
Secom
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