A V Carijada aconteceu nos dias 1º e 2 de setembro no Campus Santo Ângelo e envolveu alunos, servidores, indígenas e comunidade externa.

O projeto, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), envolve a comunidade acadêmica e indígenas da comunidade Tekoá Pyãú em torno da produção artesanal da erva-mate.

O objetivo é recuperar o processo tradicional de produção da erva realizada na região das Missões antes da chegada dos colonizadores espanhóis. Além disso, são realizadas palestras e atividades culturais durante o evento.

Na quinta edição, foram servidos pratos à base de erva-mate (suco e bolo) e de batata-doce (pudim, bolo, chips e bala). Também foi feita a demostração da extração da cafeína da erva-mate. À noite, houve a exibição de um documentário produzido na aldeia e uma mesa de discussão envolvendo o cacique.  

A atividade vem sendo realizada desde 2014. Já foi tema de pesquisa e hoje envolve ensino, pesquisa, extensão e produção, entrelaçando outros projetos e servidores de diversos setores do campus.

Saiba mais sobre o projeto

Carijada é o nome que se dá ao processo de produção artesanal da erva-mate, tradicional dos Mbya-Guaranis, povo indígena que habita a comunidade Tekoá Pyãú (Aldeia Nova), no município de Santo Ângelo. O consumo e o cultivo da erva mate são heranças dos povos indígenas, que a utilizavam também com fins rituais e curativos.

Uma das coordenadoras do projeto, a professora Maria Aparecida Paranhos, destaca que na época os indígenas não podiam produzir a própria erva-mate devido à proximidade da aldeia com a cidade. O consumo da erva pela comunidade também estava comprometido pelo aumento rápido do preço da erva-mate nos mercados. Em 2016, a Carijada resultou na produção de 90 quilos de erva-mate, dos quais 80 ficaram com a comunidade.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas aqui.