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Notícias Jaguari

Live do IFFar aborda o papel da educação na pauta LGBTQIAPN+

Publicado em Quinta, 10 de Julho de 2025, 13h54 | por Secretaria de Comunicação | Voltar à página anterior

O evento será transmitido nesta sexta-feira (11) e propõe uma reflexão sobre como a escola pode se tornar um espaço mais acolhedor para todas as formas de existência.

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Enquanto o Brasil ainda figura entre os países que mais matam pessoas LGBTQIAPN+, sobretudo pessoas trans, a educação pública é desafiada a ocupar um papel ativo na superação da violência e na promoção de direitos. Nesse contexto, o IFFar – Campus Jaguari realiza nesta sexta-feira (11), às 19h30, a live “Orgulho LGBT: por que esta é uma pauta na Educação”, com transmissão pelo canal da Coordenação de Ações Afirmativas (CAA) do campus no YouTube.

O evento conta com a presença da professora Ali Machado, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), e do professor Gustavo Duarte, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e busca ampliar o debate sobre gênero, sexualidade e cidadania nos espaços educativos.

De acordo com um estudo publicado pela Nature Scientific Reports, com base em dados da USP e da Unesp, 12% da população adulta brasileira se identifica como parte da comunidade LGBTQIAPN+. Apesar disso, os ambientes escolares ainda reproduzem dinâmicas de exclusão.

“Em geral, a escola, em seu modelo tradicional, não é um ambiente nem seguro, nem acolhedor, nem qualificado para as pessoas LGBTQIAPN+, pois a escola é produzida por sujeitos que, muitas vezes, conscientes ou mesmo de forma inconsciente, ainda performam suas ações dentro de práticas e lógicas de exclusão e do preconceito”, afirma Ali Machado. Para a docente, o debate precisa ser entendido como parte da formação cidadã e plural. “Os estudos de gênero e sexualidade nos ajudam a compreender essas dinâmicas”, defende.

Gustavo Duarte reforça que a mudança só ocorrerá quando houver um compromisso coletivo da comunidade escolar. “A escola só vai se transformar num lugar seguro e acolhedor para a população LGBT se toda a escola assumir o compromisso”, alerta. Segundo Duarte, ainda são frequentes as formações com baixa adesão dos docentes. “Eu já fiz várias formações em escolas, me prometeram 40 professores e vieram 8”, relembra.

A formação docente, conforme apontam os palestrantes, é atravessada por desafios políticos e culturais. “Vivemos em um momento em que a educação sofre ataques de todas as ordens, muitas delas negando ou obliterando o debate sobre gênero, sexualidade e os demais marcadores sociais da diferença nas escolas”, destaca Ali. “Com isso levamos não apenas ao apagamento do debate, mas ao apagamento das diversidades e possibilidades das pessoas viverem e realizarem seus projetos de mundo”.

Duarte acrescenta que, ainda em 2025, o tema segue cercado de desinformação e resistência: “Há vários equívocos de interpretação, como que se a gente defende a causa parece que está estimulando e que todo mundo vai virar gay agora, não é nada disso, parece que vai acabar a família, também não é nada disso. Apenas nós queremos mostrar a diversidade do próprio ser humano”.

Para a professora Ali, a qualificação de professoras e professores passa por reconhecer os marcadores sociais, que moldam as experiências escolares. “Esse debate se insere na formação de professores e professoras que necessitam estar qualificados(as) não só em atender os e as estudantes LGBTQIAPN+, mas em perceber como os processos formativos de sujeitos para a cidadania são atravessados e constituídos por relações de poder entre sujeitos e instituições que acionam a todo o momento gênero, classe, raça e os demais marcadores sociais que produzem as diferenças”.

Já Duarte reforça que a discussão ultrapassa a sala de aula e deve considerar todas as formas de pedagogia, inclusive as não formais. “Cinema, por exemplo, uma mesa de bar, tudo isso pode ser considerado pedagogias que ensinam, que educam ou deseducam em função dos temas de gênero e sexualidade”.

Para ambos docentes, o papel da escola pública é central na transformação da sociedade e isso exige escuta, formação crítica e ações concretas. “Principalmente a escola pública precisa ter essa formação crítica, consciente. Então, por isso que nós lutamos e continuamos pesquisando e fazendo formação de gênero e sexualidade para todas as disciplinas, todas as áreas de conhecimento na escola”, finaliza Duarte.

Serviço:
O que: Live Orgulho LGBT: por que esta é uma pauta na Educação
Convidada: Professora Dra. Ali Machado (FURG)
Convidado: Professor Dr. Gustavo Duarte (UFSM)
Mediação: Professor Dr. Vantoir Brancher (IFFar – Campus Jaguari)
Dia: 11 de julho (sexta-feira)
Horário: 19h30
Transmissão: Canal da Coordenação de Ações Afirmativas (CAA) do IFFar – Campus Jaguari, no YouTube.

Secom - com informações da Coordenação de Ações Afirmativas do IFFar – Campus Jaguari

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