Na última quarta-feira, dia 20 de novembro, os estudantes do 6º semestre do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFFar-Campus Santo Augusto realizaram uma série de atividades de Prática de Ensino junto aos alunos da Escola de Educação Especial Bem-Me-Quer – APAE de Santo Augusto.

O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas possui Práticas de Ensino (PECC) desde o início do curso, onde busca articular conhecimentos básicos, específicos e pedagógicos voltados à formação e atuação docente. Em cada semestre a Prática de Ensino tem uma temática específica, que deve articular os diferentes conhecimentos de forma interdisciplinar. No 6º semestre, a PECC VI prevê a elaboração de modelos didáticos, voltados para alunos da Educação Especial, buscando facilitar o processo de ensino-aprendizagem em Ciências e Biologia.

Segundo a professora responsável pela PECC IV, Camila Copetti, ao longo do semestre os alunos são estimulados a pensarem e elaborarem uma aula, inclusive com produção de material didático, para uma turma de alunos em escola regular que possui um aluno incluído que apresenta alguma necessidade especial (Síndrome de Down, TDAH, surdez, cegueira, autismo, entre outras). Eles também visitam uma escola regular para verificar como os professores de Ciências/Biologia trabalham quando recebem alunos com necessidades especiais e avaliam, desde a estrutura física da instituição até o trabalho do AEE.

Neste ano a turma do 6º semestre da Licenciatura em Ciências Biológicas foi divida em três grupos, a partir de temáticas consideradas frágeis e apontadas pela APAE com potencialidade para serem trabalhadas pelos licenciandos. As temáticas estabelecidas foram: saúde bucal, higiene e cuidados com o corpo e cuidados com o meio ambiente.

A professora Camila explica que após a definição das temáticas, os grupos estudaram as necessidades dos alunos participantes e pensaram em atividades a serem propostas e executadas na APAE, elaboraram um plano de aula e confeccionaram materiais didáticos e de apoio para serem utilizados. “Na quarta-feira, puderam colocar em prática seu plano e vivenciar todas as dificuldades que um professor de educação inclusiva vivencia no seu cotidiano, mas também toda alegria e realização ao conseguir resultados satisfatórios, aprender com os alunos e professores da APAE e desta forma ter esta excelente contribuição e vivência em sua formação inicial”, destaca Camila. 

Camila Copetti conta que a parceria com a APAE surgiu da necessidade sentida pelos professores de que os licenciandos vivenciassem, por pelo menos um dia, a realidade da docência para alunos com necessidades especiais. “Foi a partir dessa percepção que surgiu a ideia da parceria com a APAE e que pelo segundo ano vem ocorrendo de forma satisfatória, graças a abertura que a entidade proporcionou ao curso. Lembrando que no ano passado iniciamos a parceria e trabalhamos com apenas uma turma. Este semestre ousamos mais e trabalhamos com três turmas diferentes, por isso agradecemos muito aos professores Cleunice, Daniel e Veranice que cederam suas turmas para a execução das atividades”.