Novembro Negro traz atividades em prol da educação para as relações étnico-raciais
De 10 a 30 de novembro, aconteceu no Campus São Vicente do Sul uma série de atividades com o objetivo de promover reflexões sobre as problemáticas e as lutas da população negra e ressaltar a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.
O chamado Novembro Negro trouxe uma programação variada, com palestras, apresentação de dança, oficinas e exibição de filmes, abrangendo estudantes de todas as modalidades de ensino, além de servidores(as) e professores(as) municipais.
No dia 11/11, houve lançamento do documentário “Quando a Universidade é a Nossa Casa”, produção que narra as trajetórias de dois afrodescendentes periféricos, que acompanharam a ocupação antirracista na reitoria da UFSM em 2017, enquanto moradores da Casa do Estudante e protagonistas das lutas. A atividade contou com a presença de Cícero Santiago de Oliveira (prof. IFSC/Canoinhas) e de Esther Faria (educadora Práxis), que atuaram na direção do documentário. O material pode ser assistido aqui.
Ainda no campo do audiovisual, houve cinedebates com os filmes “Medida Provisória" (2022, de Lázaro Ramos) e “Doutor Gama” (2021, de Jeferson De), sendo a exibição das obras autorizada pela Produtora EloCompany, através de licença extra-cinema.
Dentro da Semana Acadêmica das Licenciaturas do Campus SVS, realizada nos dias 17 e 18/11, foi oferecido o minicurso “10 anos do Sistema de Cotas: Avanços e Desafios”, ministrado por Gislaine Alves Fallero, estudante da ADM e bolsista de pesquisa.
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No dia 21/11, em uma atividade pensada em parceria com o Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual, as questões de gênero e raça foram tratadas a partir de uma abordagem interseccional. A palestra “Mulheres Negras e a subversão de uma presença invisibilizada: uma etnografia coletiva”, da profª Tereza Cristina Barbosa Duarte (IFSul/Campus Pelotas), buscou apontar os efeitos do racismo na vida e educação de meninas e mulheres, e apresentar possibilidades de criação de uma intelectualidade negra.
Também neste dia, houve almoço e jantar especiais no refeitório da instituição, em celebração à culinária afro-brasileira. O cardápio servido foi arroz jollof, farofa de banana e frango assado + quindim.
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No dia 23, a comunidade escolar e acadêmica pode prestigiar uma apresentação de dança com Paulo Coelho e Rutielle Marques, membros do Afrodança (Santa Maria/RS). O grupo atua na pesquisa e no estudo das danças negras, traçando movimentos e influências de ritmos africanos e mesclando danças urbanas e danças afros. na parte da tarde, a dupla ofereceu uma oficina de dança para estudantes.
O encerramento do evento aconteceu no dia 30/11, com uma formação voltada a docentes e técnico-administrativos, que também contou com a presença de professoras do município. A atividade foi ministrada pelo prof. Anderson Machado (NEABI-UFSM), que abordou o conceito de raça e racismo dentro de perspectivas decoloniais e buscou revisitar o processo da Diáspora Africana e sua influência na construção de modelos de identidade cultural, saberes e territórios.
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SAIBA MAIS: O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do Campus SVS; que, no decorrer do ano letivo, promove diversas ações em prol da implementação das leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08 - principais instrumentos de promoção da educação para as relações étnico-raciais e de combate ao racismo dentro do campo educacional.
Em novembro, a programação adquire um caráter especial, sendo alusiva ao dia 20/11, Dia Nacional da Consciência Negra, que busca dar visibilidade às lutas do movimento.
O Novembro Negro deste ano contou com o apoio da Coordenação de Ações Inclusivas, Direção Geral e Direção de Ensino, além de servidores e estudantes colaboradores e terceirizados.
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