Campus Santo Augusto promove tarde de campo sobre batata-doce biofortificada
O Campus Santo Augusto realizou na quinta-feira, dia 24 de maio, a Tarde de Campo Batata-doce biofortificada, com a presença do pesquisador da Embrapa Hortaliças de Brasília – DF, Alexandre F. S. Melo.
O evento contou com a participação de cerca de 120 pessoas, entre agricultores, servidores da Emater, servidores municipais e alunos e servidores do campus, os quais, após ouvirem a palestra do pesquisador sobre o Programa de biofortificação de batata-doce na Embrapa, foram divididos em estações de demonstração de cultivares; oficina de elaboração de produtos com batata-doce e análise sensorial de diferentes tipos de batata-doce biofortificada. Ao final do evento, os participantes puderam degustar produtos feitos à base de batata-doce, como bolos, pães, doces, croquete, sorvete e batata-chips.
Os professores do Campus Santo Augusto, Tarcísio Samborski e Joseana Severo, desenvolvem desde 2015 projetos de pesquisa e extensão sobre batata-doce biofortificada, em parceria com o pesquisador Alexandre F. S. Melo, o qual aproveitou a semana de estada na instituição para acompanhar o desenvolvimento do projeto e discutir os resultados já obtidos.
Segundo a professora Joseana, a biofortificação de espécies é realizada através de cruzamento genético convencional. No Brasil, os projetos de biofortificação de alimentos são coordenados pela Embrapa, sob a alcunha de Rede BioFORT, com a colaboração de Institutos Federais e Universidades. Cultivares de mandioca, feijão, arroz e batata-doce enriquecidos com ferro, zinco e betacaroteno já foram identificados buscando combater a "fome oculta" e estão sendo introduzidos nas pequenas propriedades rurais através de ações conjuntas da Embrapa, Emater e instituições de ensino.
O Campus Santo Augusto firmou em 2016 com a Embrapa um contrato de parceria para colaboração no desenvolvimento do projeto com batata-doce biofortificada, que possui maiores teores de betacaroteno (pro vitamina A). Dentro do projeto, são buscadas alternativas que promovam o consumo da batata-doce biofortificada e que mantenham a sua composição nutricional.
A professora Joseana destaca que o desenvolvimento desses projetos tem permitido a troca de conhecimentos entre servidores do campus e a Embrapa Hortaliças, além da inserção de vários alunos em atividades de ensino, pesquisa e extensão, permitindo gerar resultados que colaborarão com o desenvolvimento regional.
Para o professor Tarcísio, a batata-doce é uma alternativa muito rentável para os pequenos produtores rurais, pois além de ser um alimento nutritivo, que pode ser utilizado na culinária de formas variadas, possui baixo custo para implantação e alta produtividade.
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