Estudantes do IFFar alertam comunidade sobre os riscos do uso excessivo de telas
A oficina “Desconecta!” promoveu reflexões sobre ética digital, vínculos familiares e nomofobia, em uma ação realizada no bairro São João do Barro Preto, em Júlio de Castilhos.

Alunas e alunos do IFFar em atividade extensionista no bairro São João do Barro Preto, em Júlio de Castilhos. Foto: Divulgação
“Reflexão, passar mais tempo com minha família.” Essa foi uma das respostas colhidas no questionário aplicado ao final da oficina “Desconecta!”, realizada no dia 7 de junho por estudantes do curso de Administração do IFFar - Campus Júlio de Castilhos. A atividade reuniu famílias da comunidade para uma tarde de escuta, diálogo e reflexão sobre o uso consciente das tecnologias e o impacto das telas no cotidiano.
A ação extensionista foi desenvolvida na disciplina de Ética, ministrada pela professora Rosângela Oliveira Soares, com o objetivo de abordar um dos temas mais urgentes da atualidade: a relação com os dispositivos digitais. O fenômeno, muitas vezes imperceptível nos lares, é conhecido academicamente como nomofobia, o medo irracional de ficar sem acesso ao celular ou à internet, uma forma de ansiedade que afeta especialmente crianças, adolescentes e jovens adultos.
Para a professora Rosângela, o evento foi uma vivência significativa para todos os envolvidos. “Foi emocionante ver adultos e crianças trocando reflexões sinceras sobre o cotidiano, abordando temas pouco discutidos em casa. Naquele momento, houve uma verdadeira oportunidade de reflexão. Plantamos uma sementinha. Além disso, a dedicação dos estudantes me comoveu: demonstraram liderança, iniciativa, sensibilidade e compromisso. Deram o melhor de si e tornaram a oficina um momento verdadeiramente especial”, afirmou.
Durante a oficina, os estudantes promoveram rodas de conversa, dinâmicas interativas e uma encenação teatral, com o intuito de sensibilizar pais e cuidadores sobre a importância de equilibrar o tempo de tela com o convívio familiar, o lazer ao ar livre e as relações presenciais.
A estudante Nicole Batu do Nascimento destacou o impacto positivo da atividade: “Foi, sem dúvida, uma experiência muito boa para mim. Modéstia à parte, acho que me saí bem na fala, embora saiba que posso melhorar. Senti-me conectada com aquelas pessoas. Acredito, de coração, que foi um verdadeiro sucesso. Às vezes, o que realmente importa não é a quantidade de público, mas a qualidade das conexões que criamos”.
Essa dimensão do contato direto com a comunidade também foi ressaltada por Paulo Roberto Pereira Pereira, que valorizou o momento de troca com o público: “Foi uma tarde marcante com professoras, colegas e a comunidade. Conversamos com mães, com crianças, ouvimos suas opiniões e refletimos juntos sobre como melhorar. Estar em família, nesse contexto, foi essencial”.
A estudante Gabriele Cargnin Mazzaro reforçou que a oficina proporcionou não só reflexão, mas também a vivência prática dos conteúdos estudados: “A conversa foi aberta, com trocas de experiências e reflexões sobre o impacto do uso das tecnologias digitais no nosso bem-estar. Por meio de atividades como desenhos com as crianças e uma encenação educativa sobre o Chapolin, percebemos a interação e o divertimento do público. Foi um momento importante de conscientização para todos, adultos e crianças, sobre o equilíbrio entre o mundo digital e o real”.
Já Elias Junior Vargas Padilha destacou o aspecto pedagógico da experiência: “A oficina foi extremamente gratificante, desde a organização até o encerramento. O tema foi tratado de forma leve e divertida, o que facilitou a participação de todos e gerou grande engajamento. Quando o aprendizado encontra propósito, o desenvolvimento é inevitável”.
Diante dos resultados positivos observados pela professora Rosângela e pelos estudantes envolvidos, a proposta é expandir a atividade para o município de Tupanciretã e também para empresas locais.
A oficina “Desconecta!” reafirmou o compromisso do IFFar com uma educação que vai além da sala de aula. Ao integrar teoria e prática, os alunos não apenas ampliaram seu repertório acadêmico, como também exerceram protagonismo social. A atividade foi bem recebida pela comunidade, e todos os participantes afirmaram que recomendariam a experiência a outras famílias.
Para os organizadores, o maior legado da ação é a contribuição para a construção de uma ética digital mais humanizada, aquela que reconhece que a conexão mais importante ainda é a que se faz olho no olho.
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