Proposta aprovada pela Fapergs une três campi do IFFar em prol da agricultura familiar sustentável

Coordenada pela professora Vívian Flores Costa, a proposta reúne os campi Jaguari, Júlio de Castilhos e São Vicente do Sul para desenvolver soluções tecnológicas, fomentar o empreendedorismo rural e apoiar comunidades atingidas pelas enchentes de 2024.

A iniciativa está alinhada aos pilares 2 e 3 do edital, que tratam do desenvolvimento de soluções tecnológicas com aumento do nível de maturidade (TRL ≥ 3) e da criação de novos empreendimentos inovadores. O projeto parte da ideia de fortalecer a agricultura familiar como eixo estratégico para o desenvolvimento sustentável e para a retomada econômica das regiões afetadas.

Segundo a professora Vívian, o Núcleo foi idealizado a partir da união de esforços entre os três campi. “A ideia do Núcleo Intercampi de Inovação foi construída de forma colaborativa pelos campi Jaguari, Júlio de Castilhos e São Vicente do Sul, que reconheceram a importância de articular suas ações de pesquisa, extensão e inovação em torno de desafios estratégicos da região central do Rio Grande do Sul. A agricultura familiar foi escolhida como eixo central por sua relevância econômica e social, além de já estar presente em diversos projetos e práticas desenvolvidos pelo IFFar”, explica.

Entre as principais metas estão a validação de novas tecnologias voltadas ao campo e a criação de empreendimentos de base tecnológica. “O Núcleo pretende desenvolver soluções aplicadas à agricultura familiar, especialmente nas áreas de bioinsumos, produção sustentável e automação agrícola. Ao mesmo tempo, busca fomentar o empreendedorismo por meio de programas de pré-incubação e incubação, consolidando ao menos dois novos empreendimentos inovadores voltados à agricultura familiar sustentável”, detalha a coordenadora.

A proposta prevê, ainda, capacitações técnicas e empreendedoras voltadas a estudantes, egressos, agricultores familiares e empreendedores locais, com o objetivo de formar profissionais aptos a atuar em processos de inovação e gestão de negócios. O Núcleo também contará com um comitê gestor intercampi, vinculado ao Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Reitoria, responsável pela governança das ações e pelo acompanhamento dos resultados.

Para Vívian, o projeto deve gerar impactos diretos no ecossistema de inovação regional. “Acreditamos que o Núcleo fortalecerá a integração entre os campi e ampliará a articulação com cooperativas, produtores, empresas e órgãos públicos, resultando em soluções tecnológicas validadas para a agricultura familiar, novos empreendimentos e capacitação em práticas empreendedoras e inovadoras”, afirma.

O projeto tem duração de 18 meses e busca contribuir com a retomada produtiva da região central do Estado, estimulando práticas sustentáveis, inclusão produtiva e o desenvolvimento de uma cultura de inovação voltada à realidade do campo.

Colaboraram na proposta aprovada os professores Anderson Monteiro da Rocha (Reitoria), Emanuele Junges (Campus São Vicente do Sul), Deise Graziele Dickel (Campus São Vicente do Sul), Camila Coletto (Campus Júlio de Castilhos), Henrique Tamiosso Machado (Campi São Vicente do Sul e Jaguari) e Rodrigo Belmonte da Silva (Campus Jaguari), além de outros nove docentes e dois técnicos administrativos em educação.

Secom