Oficina do IFFar une tradição, paisagem e inovação em Panambi

^{A professora Josiane Hinning conduz a oficina de inverno "Ambientes e paisagens naturais na cidade do Käsekuchen"}

Mais do que um bolo recheado com queijo fresco, a receita representa memórias e identidades construídas ao longo de gerações. Inspirada nessa riqueza cultural, a oficina “Ambientes e paisagens naturais na cidade do Käsekuchen”, promovida pelo IFFar - Campus Panambi, propõe um olhar aprofundado sobre a relação entre cultura, território e educação patrimonial.

Coordenada pela professora Josiane Pillar Hinning, a atividade foi realizada durante as Oficinas de Inverno de 2024, a convite da Coordenadoria de Cultura do município. A primeira turma foi composta por 53 estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (E.M.E.F) Costa e Silva, mas a iniciativa já nasce com a proposta de ser ampliada para outros públicos, incluindo agentes culturais, moradores e turistas.

A atividade se insere nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com ênfase na educação de qualidade (ODS 4) e em cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11). Além de fomentar o pertencimento cultural e a valorização do patrimônio local, a oficina traz um diferencial inovador: a utilização da inteligência artificial (IA) para explorar elementos da arquitetura e do patrimônio cultural.

^{Estudantes da EMEF Costa e Silva participam de oficina promovida pelo IFFar, explorando a relação entre memória, território e patrimônio cultural}

Do Käsekuchen ao Käschmier: uma imersão na cultura local
A proposta da oficina é unir memória, gastronomia, paisagem natural e arquitetura, criando uma teia de conexões entre o que é material e imaterial no patrimônio de Panambi. O Käsekuchen, por exemplo, não é apenas um doce típico da imigração germânica – ele dialoga diretamente com a paisagem local, a história da cidade e os saberes que atravessam gerações.

Na atividade, os participantes puderam compreender a relação entre os ambientes naturais e construídos da cidade, refletindo sobre como os recursos locais influenciam a cultura e o desenvolvimento sustentável da região. O Käschmier, outra receita emblemática da culinária panambiense, também foi tema de discussão, fortalecendo o reconhecimento das vocações locais e sua importância para a identidade do município.

Educação patrimonial e inovação tecnológica
A oficina busca fomentar o senso de pertencimento e fortalecer o reconhecimento da cultura local como um ativo para o desenvolvimento sustentável. A tecnologia tem papel fundamental nesse processo, e a introdução da inteligência artificial na análise da arquitetura e do patrimônio permite novas perspectivas para a valorização dos espaços históricos.

Segundo Josiane Hinning, que também é especialista em Educação Ambiental e mestre em Patrimônio Cultural, a iniciativa pretende ser replicada para um público ainda maior, conectando autoridades, pesquisadores, moradores e turistas ao patrimônio da cidade. "Nosso objetivo é criar uma consciência ampliada sobre o que constitui o patrimônio cultural de Panambi e como podemos preservá-lo e fortalecê-lo, unindo tradição e inovação", destaca.

Com ações como essa, o IFFar - Campus Panambi agregou uma iniciativa educativa à programação desenvolvida pelo município em comemoração aos 200 anos da imigração germânica no Brasil. Essas iniciativas reafirmam o compromisso do IFFar com o desenvolvimento sustentável.

Secom