IFFar participa do X Encontro Nacional das Cidades Educadoras em Passo Fundo
Passo Fundo recebeu, nos dias 30 e 31 de outubro, representantes de diferentes regiões do país para discutir um tema que tem ganhado força no debate sobre políticas públicas: a construção de cidades que educam.

Lideranças das cidades da região central do RS, com as quais a PROEX/IFFar desenvolve ações colaborativas e/ou de coordenação do Programa Cidades Educadoras.
No X Encontro Nacional das Cidades Educadoras, a pergunta que guiou conferências, relatos e mesas de discussão foi direta e ampla: como transformar o território em espaço de aprendizagem, convivência e cidadania? Com o tema “Cidades Educadoras: Sustentabilidade, Criatividade e Inclusão para uma Cidadania Ativa”, o evento reuniu gestores públicos, educadores e representantes da sociedade civil, guiados pela ideia de que o desenvolvimento urbano não se faz apenas com infraestrutura, mas com redes de cooperação e participação que fortalecem o sentimento de pertencimento e responsabilidade coletiva.
Entre os participantes, a professora Adriana Zamberlan representou o Instituto Federal Farroupilha (IFFar), instituição que vem se articulando com municípios da região para consolidar práticas educativas que ocorram não apenas nas salas de aula, mas também em praças, conselhos, percursos culturais e espaços de participação coletiva. As propostas de cidades educadoras no IFFar são articuladas a partir da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), por meio do Programa Institucional Cidades Educadoras, que orienta e fortalece as ações voltadas à construção de territórios educativos e à promoção da cidadania ativa.
A proposta de uma cidade educadora parte da ideia de que aprender não é uma ação restrita à escola. A professora Adriana reforça que as instituições de ensino são parte fundamental desse processo, mas que o aprendizado ganha potência quando vivido na relação entre pessoas, comunidades e territórios. Segundo a docente, o papel das escolas e institutos não se esgota na transmissão de conhecimento técnico. “As instituições de ensino desempenham um importante papel em uma Cidade Educadora, pois se constituem tanto em núcleos de aprendizado formal quanto em agentes de transformação social”, afirma. Para Adriana, pensar a cidade como espaço educativo significa reconhecer que ruas, equipamentos públicos, coletivos culturais, conselhos comunitários e movimentos sociais também ensinam, convocam e formam cidadania.
Nesse cenário, o IFFar tem atuado como ponte entre diferentes atores públicos e comunitários. Em municípios como Santa Maria, Mata, São Vicente do Sul, Jaguari, Santiago e Nova Esperança do Sul, a instituição participa de comitês, assembleias e rodas de conversa que reúnem cidadãos, gestores e lideranças locais. Adriana explica que esses momentos não se resumem a debates formais. “São espaços em que a população é convidada a questionar, refletir, argumentar e agir, com comprometimento e responsabilidade social”, descreve. O IFFar, segundo a professora, está presente tanto no planejamento quanto na execução dessas ações, fortalecendo práticas de diálogo e decisão coletiva.
O encontro também trouxe reflexões sobre o futuro da extensão universitária. Adriana destaca que as experiências apresentadas reforçam a importância de modelos de gestão pública sustentados pela cooperação. “A participação no X Encontro trouxe contribuições importantes para as práticas de extensão, especialmente no que se refere à inovação social e à sustentabilidade construídas em processo coletivo”, avalia. Ela aponta que a educação pode ser incorporada de forma transversal às políticas urbanas, orientando decisões sobre mobilidade, espaços verdes, moradia e convivência. Isso significa pensar cidades capazes de enfrentar crises, reduzir desigualdades e promover vínculos solidários.
A continuidade desse trabalho envolve expansão. A docente afirma que o IFFar pretende fortalecer e ampliar as ações em novos municípios, formando redes que valorizem a participação cidadã. O objetivo, comenta, é contribuir para cidades mais justas, criativas e capazes de transformar desafios em oportunidades de aprendizado. “Trata-se de um compromisso com a resiliência urbana, a justiça social e a coesão comunitária”, resume.
O encontro em Passo Fundo encerrou-se com uma perspectiva que ultrapassa suas fronteiras geográficas: cidades educadoras se constroem a partir do diálogo cotidiano entre instituições, governos e comunidades. E, nesse processo, a extensão do IFFar segue exercendo seu papel de aproximação, escuta e construção conjunta.
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